Alexandre Pais

Veremos hoje de que são feitos os nossos jogadores

V

O ex-internacional José Luís dispensou ontem, na Hora Record da CMTV, as falinhas mansas com que tantas vezes se “arredondam” críticas a situações e comportamentos que só em privado se podem ouvir.

José Luís acusou os jogadores da Seleção – não todos, claro – de alguma falta de empenhamento. Aproveito a boleia: fico com a mesma sensação sempre que vejo futebolistas talentosos, muitos deles de altíssima produção nos clubes que representam, não corresponderem, em campo, ao rendimento que sabemos serem capazes de ter.

Temo o pior hoje, confesso. Não desta feita por falta de vontade dos nossos homens, que tudo teriam a perder caso não disputassem o próximo Mundial, mas agora por falta de pernas e de pulmão.

Na fase final da época, o corpo perdeu boa parte da sua capacidade para fazer o que a cabeça manda, pelo que nos resta a esperança de que o brio dos jogadores portugueses constitua, contra a Rússia, aquele “plus” que permita ultrapassar o pessimismo instalado, meter a bola lá dentro e redescobrir, 513 anos depois, o caminho para o Brasil. 

Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 7 junho 2013

Oex-internacional José Luís dispensou ontem, na Hora Record da CMTV, as falinhas mansas com que tantas vezes se “arredondam” críticas a situações e comportamentos que só em privado se podem ouvir.
José Luís acusou os jogadores da Seleção – não todos, claro – de alguma falta de empenhamento. Aproveito a boleia: fico com a mesma sensação sempre que vejo futebolistas talentosos, muitos deles de altíssima produção nos clubes que representam, não corresponderem, em campo, ao rendimento que sabemos serem capazes de ter.
Temo o pior hoje, confesso. Não desta feita por falta de vontade dos nossos homens, que tudo teriam a perder caso não disputassem o próximo Mundial, mas agora por falta de pernas e de pulmão. Na fase final da época, o corpo perdeu boa parte da sua capacidade para fazer o que a cabeça manda, pelo que nos resta a esperança de que  o brio dos jogadores portugueses, constitua, contra a Rússia, aquele “plus” que permita ultrapassar o pessimismo instalado, meter a bola lá dentro e redescobrir, 513 anos depois, o caminho para o Brasil. 

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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