É referência recorrente nesta página e volta a sê-lo agora, duas décadas decorridas sobre o dia 7 de Julho de 1995, em que José Neves de Sousa nos deixou, aos 64 anos .
Como referiu Hernâni Carvalho, na SIC, a propósito de Teresa Pais, o Zé “não tropeçou numa caixa de sorte”, impôs-se pelo talento e por cá ficou – embora ele saiba que às 7 da madrugada comigo não conta.
Neves de Sousa jamais permitiu que a jactância dominante na classe o diminuísse pelo facto de a sua maior especialidade ser o futebol. Bom na escrita e na crónica, a editar e a dar notícias – oh, onde já vai no jornalismo essa mania! –, a entrevistar e a produzir opinião, foi na reportagem que o Zé atingiu um nível insuperável. No Diário de Lisboa, a entrada clandestina na aldeia olímpica de Munique, em 1972, após o atentado terrorista, ou a capacidade, única, para descrever os funerais do toureiro Manuel dos Santos, em 1973, e do ciclista Joaquim Agostinho, em 1984, foram exemplos da sua dimensão como repórter, um repórter extraordinário.
Parece que foi ontem, Sábado, 23JUL15
Neves de Sousa partiu há 20 anos
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