Alexandre Pais

O dr. Barroso tem uma qualidade importante e um defeito grave

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Eduardo Barroso tem uma qualidade importante: é desassombrado, diz o que pensa, não se amedronta. Mas tem um defeito grave: é muito vaidoso, o que o leva a falar de mais, numa ânsia de protagonismo incompreensível num homem que triunfou na vida e cuja competência profissional é reconhecida e indiscutível.

Presidente da AG do Sporting graças a estatutos que permitem, se calhar bem, que o líder do clube tenha de “conviver “com órgãos sociais oriundos de listas hostis, Barroso veio agora a terreiro – não pensássemos nós que ele não andava por aí – fazer declarações incómodas para Godinho Lopes e sem esconder ao que vinha. “Não me sinto aproveitado no Sporting”, diz, com isso dizendo tudo.

Ora, em que poderia o Sporting “aproveitar” Eduardo Barroso para além das suas funções de presidência da AG? A aconselhar Godinho Lopes? A organizar o departamento médico? A gerir as contratações? A recolher reclamações dos sócios? Ou a dar palpites a Sá Pinto para a constituição da equipa – que, isso sim, seria o máximo da adrenalina e do “aproveitamento”.

O dr. Barroso faz bem em falar. Mas não se aperceber dos estragos que produz, e da fragilidade da situação leonina, é que é totalmente irresponsável. 

Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 10 agosto 2012

Eduardo Barroso tem uma qualidade importante: é desassombrado, diz o que pensa, não tem medo. Mas tem um defeito grave: é muito vaidoso, o que o leva a falar de mais, numa ânsia de protagonismo incompreensível num homem que triunfou na vida e cuja competência profissional é reconhecida e indiscutível.
Presidente da AG do Sporting graças a estatutos que permitem, se calhar bem, que o líder do clube tenha de “conviver “com órgãos sociais oriundos de listas hostis, Barroso veio agora a terreiro – não pensássemos nós que ele não andava por aí – fazer declarações incómodas para Godinho Lopes e sem esconder ao que vinha. “Não me sinto aproveitado no Sporting”, diz, com isso dizendo tudo.
Ora, em que poderia o Sporting “aproveitar” Eduardo Barroso para além das suas funções de presidência da AG? A aconselhar Godinho Lopes? A organizar o departamento médico? A gerir as contratações? A recolher reclamações dos sócios? Ou a dar palpites a Sá Pinto para a constituição da equipa – que, isso sim, seria o máximo da adrenalina e do “aproveitamento”.
O dr. Barroso faz bem em falar. Mas não se aperceber dos estragos que produz, e da fragilidade da situação leonina, é que é totalmente irresponsável. 

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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