Alexandre Pais

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O assalto à rádio oficial em 25 de novembro de 1975 (parte 2)

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Às 20h30 de 25 de Novembro de 1975, com as instalações do Quelhas da Emissora Nacional (EN) ocupadas pelo Copcon e pela Polícia Militar (PM), e a emissão a ser desviada para o Porto, o major João Figueiredo, presidente da direcção da EN (no seu depoimento escrito referido como PD) seguiu do edifício das Amoreiras – ocupado pouco depois pela PM – para o Palácio de Belém. Passo a citar passagens do...

O assalto à rádio oficial em 25 de novembro de 1975

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Quatro décadas passadas, as feridas causadas pela tentativa de golpe de estado de 25 de Novembro de 1975 parecem saradas, já que alguns dos inimigos de então abraçam hoje, no Parlamento, a causa comum da esquerda para derrotar a direita – a velha reacção de há 40 anos. Cinjo-me assim ao assalto desse dia 25 à empresa onde trabalhava, a Emissora Nacional (EN), e respigo pequenas passagens do...

Miguel Macedo, o político que parecia acima de suspeita

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Na falta de maioria absoluta que ditou a derrota da coligação de direita, não se sabe o peso que coube à notícia de que o ex-ministro da Administração Interna do Governo PSD/CDS, Miguel Macedo, tinha sido constituído arguido – menos de um mês antes das eleições, pura coincidência. Esse facto diminuiu o foco que incidia sobre a detenção de Sócrates e reforçou a máxima popular de que “os políticos...

Otto Glória, o visionário que não devia ter voltado

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Após a recente triunfo (0-3) dos leões no terreno dos velhos rivais, o jornalista Vítor Almeida Gonçalves lembrou, no Record, que Jorge Jesus se tornou “no primeiro e único treinador do Sporting, desde Otto Glória, a ganhar no regresso ao Estádio da Luz depois de ter orientado o Benfica”. Isso aconteceu há 50 anos, a 17 de Outubro de 1965, num jogo que o clube de Alvalade venceu (2-4). Hoje, o...

A oportunidade de Marques Mendes

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Aos 20 anos, já Luís Marques Mendes era vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe. Com 28, foi secretário de Estado e, com 35, ministro, nos executivos de Cavaco Silva. Voltou ao Governo com Durão Barroso, em 2002, e em 2005, após a maioria absoluta de José Sócrates nas legislativas, alcançou a presidência do PSD, cargo em que se viu atacado pela estratégia da intriga permanente apoiada por boa...

Manuel Luís Goucha: um abraço que chegou a tempo

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“A dor de partir não é nada em comparação com a alegria do reencontro” – Charles Dickens, romancista inglês, 1812-1870 Conforme vou envelhecendo, pago o pesado preço de ver partir muitos daqueles de que mais gosto. Perdi a conta a amigos de quem não me despedi, a cumplicidades que não recuperei, a almoços que acabam adiados como se houvesse sempre amanhã, a abraços que gostaria de voltar a dar...

Baltasar Rebelo de Sousa: esquecido por aqueles que ajudou

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Filho de funcionários administrativos da Saúde, eu teria cinco ou seis anos quando acompanhava os meus pais ao seu local de trabalho, no n.º 27 da Rua de Buenos Aires, em Lisboa, onde se situava o Posto 4 da então denominada Federação das Caixas de Previdência. Aí, sentia especial atracção pelas máquinas de escrever e pelos consultórios dos médicos, e fui mimado por nomes da Medicina como Norton...

O Benfica e a manchete que há 50 anos irritou o franquismo

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Os diários portugueses rejubilaram há dias com a vitória do Benfica sobre o Atlético de Madrid, que perdeu em casa pela segunda vez em 28 jogos europeus. Mas talvez porque os tempos sejam outros, não ousaram ir tão longe na criatividade quanto o Mundo Desportivo, em 1965. A propósito da célebre goleada – 5-1, com golos de Eusébio (2), José Augusto, Simões e Coluna – que o Benfica infligiu, na...

Artur Agostinho voltou a casa há 10 anos

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Foi um evento que se tornou referência na minha vida e que aconteceu há precisamente uma década, quando eu e o António Magalhães, actual director do Record, convidámos para almoçar – no Gambrinus, em Lisboa – uma lenda da comunicação: Artur Agostinho. Ele participava numa série de TV, escrevera um livro e dava palestras nas escolas. Voltara aos seus grandes momentos mas faltava-lhe uma reparação...

Com a saída de Armando Jorge Carneiro o Benfica perde uma marca

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Aos 25 anos, dirigia a revista semanal juvenil Bravo, que vendia cerca de 60 mil exemplares. Assumiu a seguir outros projetos editoriais com menor sucesso, mas sempre com espírito empreendedor e capacidade de liderança. Cruzei-me com ele na Lisboa social dos anos 80 e a conversa acabava invariavelmente nos jornais e nas revistas. Refiro-me a Armando Jorge Carneiro, que depois se dedicou ao...

Alexandre Pais

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