Alexandre Pais

TagAntónio Costa

A geringonça está garantida

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Não começou bem o Europeu. No campo, com três empates – um deles milagroso, com a Hungria – e fora dele, com um slogan infeliz: 1 de 11 milhões de portugueses. Num país de emigrantes e actuando a Selecção em França, um país de emigração – haverá perto de um milhão de compatriotas só na região de Paris – não se entende que tenhamos reduzido a 11 milhões pelo menos 15 milhões de portugueses. Isso...

Passos Coelho, o irradiador de infelicidade

P

Ao longo de quatro anos, admirei Passos Coelho. Não tanto pelas decisões políticas que terão paralisado a economia e muito menos pela parte da reforma que, com a sua bênção, me foi roubada – e que, aliás, prossegue. Mas pela melhoria da situação financeira do País, que permite hoje a António Costa devolver rendimentos, e pela determinação – veremos um dia se correcta ou excessiva – com que Passos...

Costa marca pontos com decisão sobre Santana

C

As imagens de Cavaco Silva e do primeiro-ministro, de costas, a contemplar o Atlântico, em São Julião, por ocasião do Conselho de Ministros sobre o mar para o qual António Costa convidou o Presidente, fazem mais pela popularidade do líder do Governo do que a diminuição dos impostos que afinal aumentaram ou o agravamento dos impostos que terão diminuído – seja lá como eles quiserem. Mas a arte da...

Passos Coelho e as lamúrias

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Ninguém suficientemente desapaixonado poderá dizer que a devolução de rendimentos levada a cabo pelo Executivo vai acabar mal – e não faltam detentores da verdade que o garantam. Passos Coelho é um desses encarniçados arautos da desgraça governativa que lhe sucedeu. Mas o ex-primeiro-ministro corre o risco de ser vítima da sua clássica determinação. Cinco meses depois de ter perdido as eleições...

Ministros e secretários andam a falar de mais

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António Costa é um político da classe “supella longipalpa”, a resistente barata doméstica, de origem africana, que só morre de fome depois de comer as próprias patas. Hábil e arguto, ele sabe que Passos Coelho perdeu as eleições que ganhou por ter falhado na comunicação – e ainda hoje não adotou o discurso adequado à sua atual condição – e desdobra-se nas televisões, nos jornais e até nas redes...

Tão ricos que nós somos

T

Declaração de interesses: sou um dos 12 mil privilegiados cujos rendimentos brutos ultrapassam os 80 mil euros anuais e que vão, em Janeiro, continuar a pagar 3,5% de sobretaxa de IRS em vez de 1,75%, como prometeu António Costa na campanha – afinal, uma promessa incumprida de quem tanta moral pregou. Mas nada me aborreço com isso e, mesmo depois de o governo anterior me ter desviado mais de 30...

O quarto escuro de Passos Coelho

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Passos Coelho não consegue disfarçar a decepção por não ter continuado a governar. E muitos dos seus apoiantes não esperavam, certamente, que no Parlamento, no dia em que a esquerda derrotou a moção de rejeição da coligação, o ex-primeiro-ministro insistisse no discurso do coitadinho. Com a aura do poder, todas as pessoas se sentem realizadas – e parecem até bonitas e virtuosas. Como disse Bruce...

Costa, o perdedor que venceu

C

Com o compromisso das esquerdas e a queda do Executivo abre-se enfim caminho à aplicação de uma política alternativa à da austeridade – veremos se existe. Em caso afirmativo, concluir-se-á que Passos e Portas andaram quatro anos e meio a destruir a economia e a empobrecer os portugueses. O resultado será o afastamento da direita da governação por longo tempo. Mas não serão melhores as...

Vinte anos depois o Cavaco sempre

V

Com o novo Governo de Passos Coelho virtualmente derrubado, a grande dúvida reside em saber o que fará a seguir o Presidente: manterá Passos Coelho em gestão até ao próximo Verão ou indigitará António Costa para a viragem à esquerda que tanto teme? Em qualquer dos casos, Cavaco Silva deixará de novo o País com um cenário horrível para a sua área política, muito na linha do que fez em 1995. Então...

Vitória de António Costa foi de Pirro

V

Aguardei o “debate decisivo” com expectativa. Temas duros, como o aumento da pobreza, o acolhimento dos refugiados – cuja quota já vai em 5 mil, suspeitando-se que venha a subir bem mais – ou o desinvestimento na saúde, com o criminoso colapso dos cuidados continuados, não deixariam, julgava, de ser abordados. Mas Passos e Costa desiludiram-me, insistindo no passado e acusando-se mutuamente, num...

Alexandre Pais

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