Como adepto do Belenenses habituei-me a sofrer até ao dia em que percebi que só o que me restava era a dor, pelo que não valia mais a pena sofrer. Assim, acho normal a ampla derrota no Funchal – a sexta consecutiva (!) na Liga – como me parece natural a opção da SAD pelos dois últimos treinadores. Aliás, desde que dispensou Lito Vidigal e não quis também ficar com Jorge Simão, para ir contratar Sá Pinto, que Rui Pedro Soares não acerta uma. Veremos o fim da história.
Como adepto do Real Madrid, ao contrário, vou vivendo algumas alegrias, tão estranhas quanto se sabe que há muitas épocas não temos uma equipa e vamos vivendo da irregular inspiração de meia-dúzia de estrelas. E, sempre, dos humores do balneário controlado por um capitão capaz tanto de golos decisivos como de paragens cerebrais – de que é exemplo aquela que ontem o fez ser expulso no Bernabéu e abriu caminho à vitória de um Barcelona que foi infinitamente superior.
Com nove jogos em menos de um mês, sem três centrais, sem Bale, com Cristiano-ora-sim-ora-não e com a teimosa insistência em Benzema por parte de um Zidane que “ignora” Isco, o jogador em melhor forma do plantel – com Asensio – temo que não haja nem La Liga, nem Champions.
Mas o meu fim-de-semana futebolístico não foi totalmente um horror porque José Mourinho já está “em cima” do terceiro lugar da Premier e Leonardo Jardim também ganhou e segue líder da Ligue 1. E isso é muito bom.
Canto direto, Record, 24ABR17
Um fim de semana de horror futebolístico
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