Alexandre Pais

A minha resposta a uma pergunta do “Sol” sobre o espaço de manobra de Godinho Lopes

A

Perguntou o editor Pedro Prostes, do semanário “Sol”:

– Que Sporting sobra destas eleições; ou seja, que espaço de manobra Godinho Lopes tem para exercer o seu mandato como presidente?

E eu respondi assim:

– A pequena margem de votos que deu a vitória a Godinho Lopes transformar-se-á rapidamente numa vantagem enorme ou numa desvantagem insuportável. Tudo dependerá da ponta final do campeonato – não será o mesmo acabar 3.º ou acabar 5.º –, do entusiasmo provocado pelos “reforços” e, em especial, dos primeiros resultados da próxima época. Se tudo correr bem ao Sporting, em seis meses Godinho Lopes pode ser um presidente tão incontestado como se tivesse sido eleito por larga margem. Mas se a terapêutica de choque que vai ser preciso aplicar não resultar, até ao final do ano haverá novas eleições em Alvalade, já de nada interessando se, no passado domingo, o novo presidente ganhou por poucos ou ganhou por muitos. Os insultos, os desacatos e, principalmente, as desavenças internas numa equipa perigosamente “pluricultural” depressa tornarão demasiado duro o esforço e o sofrimento que vai ser exigido aos dirigentes ora eleitos. Moral da história: tudo irá depender de a bola entrar na baliza ou… bater na trave.

Publicado na edição impressa do “Sol” de 1 abril 2011

 

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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