Alexandre Pais

O meu sentido adeus a Joaquim Queirós: desaparece um gigante

O

Partiu hoje para junto da sua Maria Ilídia, que ainda há tão pouco tempo nos deixara, um dos maiores jornalistas portugueses do século XX, um gigante. Com ele, desaparece também uma capacidade profissional que deixou de se fabricar e uma ética que comparada à dos tempos de hoje tinha a dimensão da estratosfera.
Além disso, o Joaquim tinha também um sentido de justiça raro, uma solidariedade de ferro e um coração de ouro. Jamais esqueci o que fez há 40 anos (ai, ai…), quando eu e um punhado de grandes companheiros tivemos de encerrar o então bissemanário ‘Off-Side’, por falta de financiamento.
Sendo ele diretor (e fundador) de um dos jornais concorrentes, a mítica ‘Gazeta dos Desportos’, teve a grandeza de me dirigir – ao contrário de outros que esfregaram as mãos de contentes… – a nobilíssima mensagem que abaixo reproduzo e que se publicou na última edição do ‘Off-Side’, a 28 de dezembro de 1984, cuja manchete era: ‘Voltaremos numa manhã de sol’.
E a verdade é que com percursos diferentes, mas todos com êxito, fomos voltando mesmo, muito impulsionados pelos votos de um mestre, de quem aqui me despeço com a vénia merecida e o respeito mais profundo.
Até sempre, querido Joaquim.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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