O ano acaba quase sempre assim, com os profissionais mais experientes a desfrutar o quente natalício em casa, os estagiários a aproveitarem a oportunidade para aparecerem e os telespectadores a levarem com o tradicional “qualquer coisa” em que nos especializámos.
Não é um fenómeno da comunicação social mas uma tendência a que conduziu o desinvestimento – e a necessidade de sobrevivência, é certo – feito pelas empresas, que com menos meios têm de tentar fazer melhor.
Como não há varinhas de condão, o resultado do estado a que chegámos só pode ser catastrófico e as asneiras ditas e escritas nesta altura atingem proporções aterradoras, sem que o grau de exigência de quem manda tenha, dadas as circunstâncias, capacidade para contrariar a maré negra.
Sei que é uma guerra perdida e, como fico a ferver só de abordar este tema, desejo a quem me lê um 2014 o menos infeliz possível e sigo o conselho da jornalista que, por estes dias, num canal qualquer, me recomendava “uma boa caminhada a pé”. Vou nessa, nem que seja sentado. Até para o ano, leitor.
Antena paranoica, CM, 28DEZ13
Maré de asneiras natalícias
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