Mourinho, se não cometesse erros não seria Mourinho. A personalidade do técnico português, direta, por vezes truculenta e sempre polémica faz parte do seu código genético – talvez por parte da mãe, já que o pai, conheci-o eu e era um “gentleman”, a tranquilidade em pessoa.
O que mais me impressiona na postura do treinador madridista é que a sua capacidade de errar é inusitadamente alta, em parte fruto da paciência, que é pouca, em parte porque não consegue fugir à confrontação – é um agitador, um jogador em “full-time”, perto ou longe das quatro linhas.
Clube algum do Planeta aceitaria ter um técnico que abandonasse o banco antes de o árbitro apitar para o intervalo ou para o final da partida, e muito menos permitiria que tivesse um adjunto que fosse expulso “n” vezes. A não ser, claro, que esse técnico se chamasse… José Mourinho.
O que aconteceu há dias no El Madrigal raia o inconcebível. Rui Faria é expulso uma vez mais, Mourinho carimba o seu comportamento e sai a seguir, e vários jogadores logo imitam o líder, vão perdendo a cabeça e dois são igualmente expulsos. Pepe, que tem cartão de cliente habitual, distraiu-se e ficou em campo, mas lá compôs a situação ao chegar ao balneário – e viu também o vermelho.
Com novo empate inesperado, tirado a papel químico do confronto com o Málaga, no Santiago Bernabéu, o final do jogo com o Villarreal parecia um pesadelo, o fim do mundo para o Real. E sê-lo-ia, se os protagonistas fossem outros.
O certo é que o “day after” trouxe não um “mea culpa” merengue mas uma frente cerrada contra os árbitros, aproveitando um facto indesmentível: Paradas Romero é incompetente, é uma anedota, é mau de mais para ser verdade.
E pronto, hoje o Real voltará a ganhar, os adeptos querem ser campeões e Mourinho é o seu profeta. O único que pode errar assim.
Mourinho, se não cometesse erros não seria Mourinho. A personalidade do técnico português, direta, por vezes truculenta e sempre polémica faz parte do seu código genético – talvez por parte da mãe, já que o pai, conheci-o eu e era um “gentleman”, a tranquilidade em pessoa.
O que mais me impressiona na postura do treinador madridista é que a sua capacidade de errar é inusitadamente alta, em parte fruto da paciência, que é pouca, em parte porque não consegue fugir à confrontação – é um agitador, um jogador em “full-time” perto ou longe das quatro linhas.
Clube algum do Planeta aceitaria ter um técnico que abandonasse o banco antes de o árbitro apitar para o intervalo ou para o final da partida, e muito menos permitiria que tivesse um adjunto que fosse expulso “n” vezes. A não ser, claro, que esse técnico se chamasse… José Mourinho.
O que aconteceu há dias no El Madrigal raia o inconcebível. Rui Faria é expulso uma vez mais, Mourinho carimba o seu comportamento e sai a seguir, e vários jogadores logo imitam o líder, vão perdendo a cabeça e dois são igualmente expulsos. Pepe, que tem cartão de cliente habitual, distraiu-se e ficou em campo, mas lá compôs a situação ao chegar ao balneário – e viu também o vermelho.
Com novo empate inesperado, tirado a papel químico do confronto com o Málaga, no Bernabéu, o final do jogo com o Villarreal parecia um pesadelo, o fim do mundo para o Real. E sê-lo-ia, se os protagonistas fossem outros.
O certo é que o “day after” trouxe não um “mea culpa” merengue mas uma frente cerrada contra os árbitros, aproveitando um facto inegável: Paradas Romero é incompetente, é uma anedota, é mau de mais para ser verdade.
E pronto, hoje o Real voltará a ganhar, os adeptos querem ser campeões e Mourinho é o seu profeta. O único que pode errar assim.Mourinho, se não cometesse erros não seria Mourinho. A personalidade do técnico português, direta, por vezes truculenta e sempre polémica faz parte do seu código genético – talvez por parte da mãe, já que o pai, conheci-o eu e era um “gentleman”, a tranquilidade em pessoa.O que mais me impressiona na postura do treinador madridista é que a sua capacidade de errar é inusitadamente alta, em parte fruto da paciência, que é pouca, em parte porque não consegue fugir à confrontação – é um agitador, um jogador em “full-time” perto ou longe das quatro linhas.Clube algum do Planeta aceitaria ter um técnico que abandonasse o banco antes de o árbitro apitar para o intervalo ou para o final da partida, e muito menos permitiria que tivesse um adjunto que fosse expulso “n” vezes. A não ser, claro, que esse técnico se chamasse… José Mourinho.O que aconteceu há dias no El Madrigal raia o inconcebível. Rui Faria é expulso uma vez mais, Mourinho carimba o seu comportamento e sai a seguir, e vários jogadores logo imitam o líder, vão perdendo a cabeça e dois são igualmente expulsos. Pepe, que tem cartão de cliente habitual, distraiu-se e ficou em campo, mas lá compôs a situação ao chegar ao balneário – e viu também o vermelho.Com novo empate inesperado, tirado a papel químico do confronto com o Málaga, no Bernabéu, o final do jogo com o Villarreal parecia um pesadelo, o fim do mundo para o Real. E sê-lo-ia, se os protagonistas fossem outros. O certo é que o “day after” trouxe não um “mea culpa” merengue mas uma frente cerrada contra os árbitros, aproveitando um facto inegável: Paradas Romero é incompetente, é uma anedota, é mau de mais para ser verdade.E pronto, hoje o Real voltará a ganhar, os adeptos querem ser campeões e Mourinho é o seu profeta. O único que pode errar assim.
Canto direto, publicado na edição impressa de Record de 24 março 2012