Alexandre Pais

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A brincar às estradas

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O aumento do caudal do rio Foja, que passa por debaixo da A14, inaugurada em 1994, causou um aluimento que só por sorte não provocou vítimas. E se o incidente foi inesperado, o que se seguiu não é motivo de menor surpresa. Segundo um responsável da Brisa, a vulnerabilidade da autoestrada já teria sido detectada em Outubro, pelo que o início das obras estaria em preparação. Mas outro especialista...

Para Quinito, uma palavra de quem sabe como dói

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“Sinto dores concretas pelas horas em que não vi os meus filhos crescer” – José Luís Peixoto, escritor, Galveias, 1974. Sete anos após a morte do filho, de 32, e de se ter afastado do futebol, o ex-jogador e técnico Quinito – uma das personalidades mais lúcidas e menos cinzentas que conheci na minha carreira desportiva – deixou-se homenagear pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol. E...

A TAP a brincar aos aviões

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Regresso de Barcelona num voo da TAP, uma hora e meia até Lisboa. Pouco após a partida, um passageiro sente-se mal e o comandante decide aterrar em Madrid, onde o doente é rapidamente retirado do aparelho. Somos então informados de que o avião irá ser reabastecido “em 15 minutos”. Uma hora depois, dizem-nos que falta uma autorização escrita (!) – escrita, na era do online? – que...

Partiram mais dois, a vida esgota-se

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Ainda não me tinha refeito do desaparecimento do meu ex-camarada de redacção, José António Salvador, de 68 anos, quando o Zé Paulo Fafe me deu a notícia da partida de outro jornalista da minha geração: Manuel Ricardo Ferreira, de 71. Com o José António (à esquerda, numa foto recente) estive no Diário de Lisboa, nos anos de brasa, e acompanhámos juntos a visita do Presidente Costa Gomes à Polónia...

O jornalista doutorado em Beatles

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“Há uma hora de partida mesmo quando não há um lugar certo para ir” – Tennessee Williams (1911-1983), dramaturgo norte-americano Por estes dias, ao procurar trabalhos sobre Nicolau Breyner, esbarrei numa entrevista feita ao actor e realizador, para a revista Élan, por um jornalista notável: Luís Pinheiro de Almeida. Nascido em 1947, ele é também um homem da rádio e em particular da música, com...

A manchete que nasceu da tragédia

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No dia seguinte àquele em que assumi a direcção do Tal&Qual, a 3 de Março de 2001, ruiu a ponte de Entre-os-Rios. Canais de televisão e jornais diários noticiaram amplamente a tragédia e deixaram-me, quase uma semana depois, perante um dilema: fazer a manchete do semanário com outro tema, o que dificilmente os leitores entenderiam, ou escolher também o acidente, sobre o qual já quase tudo se...

O desafio de Marcelo

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A descida da casa dos pais até à Assembleia sem a presença dos repórteres – ainda impreparados para antecipar a criatividade do novo Presidente – os filhos no anonimato do passeio público, enquanto ele subia, sozinho, a rampa do Palácio de Belém, ou o boné na cabeça, a caneta na boca e a manta nas pernas, no concerto da Praça do Município foram sinais de que o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa...

Rui Ochôa: o fotógrafo dos presidentes

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“Fotografar é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração” – Henri Cartier-Bresson, fotojornalista francês, 1908-2004 Foi lançado na semana passada o livro Afectos, em que o repórter-fotográfico Rui Ochôa descreve, por imagens, o percurso que levou Marcelo Rebelo de Sousa da decisão de candidatura à vitória eleitoral. Fotógrafo oficial de Sá Carneiro, de Francisco Balsemão e de Cavaco...

Marcelo apoiou Eanes há 40 anos

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Com o golpe de 25 de Novembro de 1975 ainda fresco na memória, e com Otelo Saraiva de Carvalho candidato às eleições presidenciais de 27 de Junho de 1976, multiplicavam-se, um mês antes, os apoios à candidatura de Ramalho Eanes, afinal o homem que coordenara a reacção militar às forças que tinham o estratega do 25 de Abril como referência – e que haviam sido derrotadas seis meses antes. A...

Passos Coelho e as lamúrias

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Ninguém suficientemente desapaixonado poderá dizer que a devolução de rendimentos levada a cabo pelo Executivo vai acabar mal – e não faltam detentores da verdade que o garantam. Passos Coelho é um desses encarniçados arautos da desgraça governativa que lhe sucedeu. Mas o ex-primeiro-ministro corre o risco de ser vítima da sua clássica determinação. Cinco meses depois de ter perdido as eleições...

Alexandre Pais

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