Parece um filme cuja ação decorre no Terceiro Mundo. A viatura oficial de Eduardo Cabrita atropela um trabalhador que limpava a via. Substituindo-se ao inquérito da GNR, que tutela, o MAI divulga um comunicado – com narrativa do próprio ministro, só pode – atribuindo a culpa à vítima e à falta de sinalização. No funeral, o Governo não se faz representar e a família do sinistrado é cruelmente...
Nem um crocodilo apareceu no funeral!
Óbvios seguidores do que está a dar e conhecendo a popularidade desse desporto nacional emergente que é o tiro ao Cabrita, os canais de TV agarraram como puderam a derradeira saga do disparate continuado, que tinha ainda por cima a chancela da tragédia: o atropelamento mortal provocado pela viatura oficial do ministro. O problema é que a televisão vive da imagem e para ilustrar a notícia havia...
E tudo se resolve com o tiro ao Cabrita!
Praticar tiro e colocar no alvo Eduardo Cabrita – que podia ser ministro da Cultura, do Trabalho ou da Apanha de Bivalves com a mesma competência com que tutela a Administração Interna – tornou-se num desporto nacional. Infelizmente, sobram motivos para isso, e quando não sobram, arranjam-se. É o caso do rescaldo do regabofe dos ingleses, no Porto, a que o país assistiu como se nada se tivesse...
Faltou um almirante nos festejos do Sporting
O grito estava há anos, demasiados, preso nas gargantas. E soltou-se. Sejamos sérios: força alguma no Mundo – para além de tropas em execução de lei marcial imposta por uma ditadura – poderia ter evitado que tantos milhares de adeptos do Sporting, em justo delírio, enchessem as ruas de Lisboa na noite de terça-feira. E voltemos a ser sérios para reconhecer que de uma situação dependente, em...
O erro de casting de Ana Catarina Mendes
Acompanho a “Circulatura do Quadrado”, da TVI24, desde os tempos do pioneiro “Flashback”, da TSF, já lá vão mais de 30 anos. Esta semana, iniciei um “processo de divórcio” após ver a forma como Ana Catarina Mendes – confrontada com o comportamento de Eduardo Cabrita no caso do ucraniano assassinado por carrascos do SEF – andou para a frente e para trás, tentando atenuar a gravidade da inação de...
Coitado do ministro Cabrita!
Por que será que os países da UE não têm forças militares de intervenção? Por falta de consenso, por convicção política ou apenas por ser muito caro? A resposta é simples: porque a opinião pública de cada país não aceitaria ver chegar as urnas com os seus mortos. Esse foi, aliás, o princípio do fim do regime de Salazar. O ano passado, não foram os incêndios que fizeram tremer António Costa. O...