Agora que o insuspeito e mui conceituado diário “i” o considerou como o “Guardiola dos comentadores”, acompanho a teoria de Carlos Daniel – que ontem, na RTP, classificou de “anárquica” a tática da Seleção no jogo com os austríacos. Isso permite que este modesto Karadas da escrevinhadura futeboleira, que sou, se contenha ao ponto de não ter de jurar que não deu por tática alguma. Ou, como sei que...
Não chegámos prà Islândia… nem prò Butão!
Tenho um amigo que vive à frente do tempo: ele sabe sempre o que fazer para resolver um problema antes de a questão se colocar. Posso pôr-me enfim ao seu nível e dar o meu contributo para a hipótese de termos de despedir o engenheiro do penta, caso levemos, já no sábado, em Paris, uma cabazada das antigas dos austríacos – que vão ter de se esfarrapar todos depois da derrota com a Hungria. É que...
Peseiro, Jesus e o trio maravilha
Na escola, o professor faz uma pergunta de algibeira ao Tonecas: duas equipas de futebol defrontam-se, uma delas atira duas bolas aos ferros da baliza adversária e a outra não atira nenhuma; qual dessas equipas é treinada por José Peseiro? O menino sorri de alívio, essa ele sabe. Lamúrias. O certo é que se no remate de Herrera ao poste, logo no início do jogo, a bola tivesse entrado, os portistas...
O Benfica ganhou porque a vida são os momentos
O resultado justo para o dérbi seria o 1-1 que apostei no TotoRecord, mas a vida, além de injusta, é feita de momentos. Em Alvalade, tudo começou com um, aos 20 minutos, e terminou com outro, aos 72. Começou com o golo do Benfica, na sequência do ressalto da bola em William, com Ewerton a adiantar-se temerariamente e Coates a recuperar do nó cego que levou de Jonas. E terminou com o não-golo do...
Sara Carbonero volta a poder descer Santa Catarina
Rui Vitória tem razão: o Benfica fez o suficiente para ganhar o jogo. Então se estivesse um frangueiro como eu na baliza do FC Porto, a goleada teria sido tiro e queda. Mas não estava e ontem surgiu Casillas – e já não se aguenta, claro, a referência de todo o bicho-careta a “São Iker” – no patamar dos seus melhores tempos: Pizzi, Jonas, Gaitán e Mitroglou, e até Martins Indi, imaginaram a bola...
O que sobra da derrota do Sporting é trabalho pra Karamba
Não tenho a coragem de António Ribeiro Cristóvão e, portanto, com a Gazprom não quero confusões. Desejo até à senhora uma vida longa e repleta de prosperidades, pelo que chuto para canto esta coincidência dos árbitros de Leste, que levam a vida a tramar o Sporting: russo o da época passada com o Schalke 04, turco o de Alvalade há uma semana, checo o de ontem, talvez quirguiz, uzbeque ou cazaque o...
Rui Vitória não vai lá com este discurso
Homem calmo e “respeitador”, que cultiva o “low profile”, ao contrário de Jorge Jesus, ontem Rui Vitória parecia triste, com aquele ar de “looser” simpático mas atado à estrela do destino. Talvez afetado com o 1-4 de quinta-feira, no D. Afonso Henriques, em que a sua anterior equipa se afundou sem que ele pudesse fazer alguma coisa. E vontade de ir lá tentar metê-la nos carretos não lhe deve ter...
Do trauma superado pelo FC Porto ao exílio de Fabiano
Exilados. Interrompi uma tarde perfeita por causa do clássico. Via o superfechado Arsenal-Chelsea e ouvia o sempre excelente Luís Norton de Matos, enquanto mergulhava na leitura de “Os exilados não esquecem nada mas falam pouco”, um notável ensaio de Manuel Pedroso Marques, que o autor define como “uma reflexão esboçada sobre memórias vividas, lidas, testemunhadas”. Uma obra densa, profunda e...
Havendo alemão há logo confusão
De volta a Gaspar. Com Slimani na CAN e conhecendo o Sporting a forte probabilidade de o argelino regressar fatigado ou mesmo lesionado, como veio a acontecer, nem assim se considerou estratégico encontrar um pinheirinho no mercado de janeiro. Ou melhor, considerar até deve ter-se considerado, só que tudo se resume, em Alvalade, à frase célebre de Vítor Gaspar: não há dinheiro. Nem com o...
O mistério de Geraldes e a defesa de veludo
O arrogante Mou. Tentando contrariar a postura da comunicação social portuguesa – contra a qual Record tem feito o seu percurso – que se sente confortável com a trilogia suicida do treino, joguinho e conferência de imprensa, a reportagem da SIC juntou José Mourinho com o homem que lhe abriu as portas do sucesso: Manuel Fernandes, o inesquecível “capitão” do Sporting. E foi bom ver como Mourinho...