Curiosa e corajosa a aposta do Paços de Ferreira ao contratar Costinha para técnico principal.
Curiosa porque o antigo internacional vem de duas tarefas falhadas: a da breve e quase irrelevante passagem pelo Sporting, como diretor desportivo, e a frustrada tentativa de evitar a descida do Beira Mar, já como treinador.
Podemos dizer que ambas eram, por motivos diferentes, missões impossíveis, mas isso não apaga o nome de Costinha dos respetivos guiões. É a vida.
A sua contratação pelo Paços é, igualmente por isso, corajosa, pois olhou-se a floresta para além da árvore e acreditou-se no potencial de um homem inteligente e preparado para líder de um grupo cujo principal desafio é procurar qualificar-se para a fase de grupos da Champions.
Costinha, e também Maniche, seu adjunto no Paços, trunfos de Scolari e estrelas do Euro’04, tiveram, como jogadores, grandes carreiras e grandes treinadores. Beberam do fino e, com a bênção de São Jorge (Mendes), têm agora tudo para o êxito.
Mas o futebol é uma eterna caixinha de surpresas e vai ser preciso trabalhar no duro e ter sorte. Ficamos a torcer por eles.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 13 junho 2013