Alexandre Pais

Último Canto Direto: uma frase, uma vida

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Com o devido respeito: jamais iria à RTP Memória. Gosto mais de olhar para a frente do que para trás e custa-me ver pessoas que foram extraordinárias nas mais diversas áreas a viverem sistematicamente voltadas para o que fizeram e para a necessidade de recordar, a todo o momento, quão importantes foram. Mas isso não me leva, nunca, a desprezar o passado, pelo contrário, procuro honrá-lo e respeitar todos aqueles que, ao longo dos tempos, foram grandes nas suas atividades.

A poucos dias de deixar a direção de Record, após dez intensos anos que mais me pareceram 20, quero resistir a referir tanto o que consegui como aquilo em que falhei – encontraria de tudo e de nada adiantaria. Mas dos muitos excelentes momentos que vivi, dos muitos gestos solidários e generosos de tantos camaradas e amigos – que levarei comigo para me iluminarem não o passado mas o novo ciclo de vida que iniciarei – não hesito em destacar um dos que me foram mais gratos. Pelo conteúdo, pela companhia e por ter vindo de quem veio.

Em 2009, no 60.º aniversário de Record, Jorge Sampaio teve a gentileza de nos dedicar uma mensagem de felicitações, de que me permito sublinhar este parágrafo: “No Record, companheiro de tantos momentos, começo por ler a segunda página – a tal doutrina; vou depois à última – em especial o Daniel Oliveira, lúcido cidadão das minhas cores “clubísticas” e que, como deve ser, não poupa ninguém; a seguir, procuro para ver se o Diretor escreveu porque gosto muito de o ler – tem a vida por ele e o currículo, coisa que sempre ajuda”. Reler isto compensa-me de milhares de horas de dúvidas e receios, sofrimento e solidão.

Tem sido um orgulho servir os 900 mil leitores de Record – e um privilégio servi-lo, Presidente.

Último Canto Direto, publicado na edição impressa de Record de 13 julho 2013

Com o devido respeito: jamais iria à RTP Memória. Gosto mais de olhar para a frente do que para trás e custa-me ver pessoas que foram extraordinárias nas mais diversas áreas a viverem sistematicamente voltadas para o que fizeram e para a necessidade de recordar, a todo o momento, quão importantes foram. Mas isso não me leva, nunca, a desprezar o passado, pelo contrário, procuro honrá-lo e respeitar todos aqueles que, ao longo dos tempos, foram grandes nas suas atividades.
A poucos dias de deixar a direção de Record, após dez intensos anos que mais me pareceram 20, quero resistir a referir tanto o que consegui como aquilo em que falhei – encontraria de tudo e de nada adiantaria. Mas dos muitos excelentes momentos que vivi, dos muitos gestos solidários e generosos de tantos camaradas e amigos – que levarei comigo para me iluminarem não o passado mas o novo ciclo de vida que iniciarei – não resisto a destacar um dos que me foram mais gratos. Pelo conteúdo, pela companhia e por ter vindo de quem veio.
Em 2009, no 60.º aniversário de Record, Jorge Sampaio teve a gentileza de nos dedicar uma mensagem de felicitações, de que me permito destacar este parágrafo: “No Record, companheiro de tantos momentos, começo por ler a segunda página – a tal doutrina; vou depois à última – em especial o Daniel Oliveira, lúcido cidadão das minhas cores “clubísticas” e que, como deve ser, não poupa ninguém; a seguir, procuro para ver se o Diretor escreveu porque gosto muito de o ler – tem a vida por ele e o currículo, coisa que sempre ajuda”. Reler isto compensa-me de milhares de horas de dúvidas e receios, sofrimento e solidão.
Tem sido um orgulho servir os 900 mil leitores de Record – e um privilégio servi-lo, Presidente.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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