“A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança” – Nietzsche
Restarão nas bancas já poucos exemplares do livro do jornalista Norberto Santos, Os nossos medalhados, lançado no início deste mês. Foi o autor, sempre generoso, que me lembrou ter nascido a ideia, desta obra, do trabalho que lhe pedi para elaborar, em 2012, a propósito da Olimpíada de Londres, que foi então publicado no Record e que consistia numa breve História dos Jogos Olímpicos, desde a primeira edição, em 1986 (Atenas), à de 2008 (Pequim).
Redactor-principal do diário de desporto da Cofina, profissional premiado e de méritos indiscutíveis, Norberto Santos completa, no Record, com Rui Dias e o director António Magalhães – rapazes da mesma geração – o trio de ouro da memória dos maiores feitos do desporto português. Mas não recomendo Os nossos medalhados apenas por ser uma edição bem feita, rigorosa e útil, mas também por ter sido executada por um jornalista – dos melhores com quem tive o privilégio de trabalhar – com uma noção fantástica, talvez única, do que é servir os leitores.
O coleccionador: do sobrescrito da FISEC aos testemunhos azuis de Belém
Praticante que foi de várias modalidades, Norberto Santos é, além de jornalista, coleccionador de símbolos relacionados com o desporto, de publicações e fotos históricas, e de material – só raquetas de ténis… tem mais de 100! Conhecendo a minha participação nos Jogos da FISEC, em 1964, surgiu um dia na redacção com um sobrescrito timbrado pelos correios, alusivo ao evento (foto ao lado). E ao longo dos anos ofereceu-me ainda documentos relacionados com o Belenenses, que adquiria nos alfarrabistas, verdadeiras preciosidades. Uma delas, um poster da inauguração do Estádio do Restelo, há 60 anos, será aqui publicada em breve.
Parece que foi ontem, Sábado, 5AGO16