Calcula-se que a TVI tenha revolvido céu e terra na tentativa de repetir, no ‘Big Brother’ dito de ‘famosos’ – ainda que de fama zero – o impacto provocado na anterior edição por Bruno de Carvalho. Tratava-se, obviamente, de uma missão impossível e o lote de participantes acabou por formar-se com figuras de segunda linha nas respetivas atividades – algumas, convenhamos, mais de terceira ou até no desemprego.
Daí que a ‘gala’ de domingo do ‘BB’ perca de novo nas audiências com ‘Isto é gozar com quem trabalha’, da SIC, e que o ‘Diário’ antes do ‘Jornal das 8’ não figure entre os programas mais vistos do dia, separado por 200 mil espectadores do ‘maratonista’ da RTP1: o ‘Preço certo’, claro.
Mas Cristina Ferreira não parece agora a deslumbrada que chegou a Queluz para mexer no que não sabia. A diretora de entretenimento desceu das nuvens, não insistiu nas más escolhas do início, meteu a megalomania na gaveta e tornou-se numa apresentadora menos espalhafatosa e mais consensual, recuperando o pé. E beneficiando da evidente melhoria da informação, a TVI lá deixou de ser sovada pela SIC. José Eduardo Moniz já não encontrou o caminho das pedras que Nuno Santos teve de percorrer. Há homens com sorte.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 19mar22