Alexandre Pais

Benfica-Sporting deve gerar 14,5 milhões de euros à economia nacional

B

IPAM revela impacto
económico do derby
Benfica-Sporting deve gerar 14,5 M€ à economia
nacional
 
 Estudo revela que 6,9 M€
provêm dos consumos realizados em casa durante o desafio. 2,3 M€ do valor total
dizem respeito a receitas diretas
 
O Benfica-Sporting da próxima
jornada pode ter um impacto decisivo naquele que será o desfecho do campeonato
nacional de futebol. O IPAM – The Marketing School acaba de realizar um estudo
que avalia o impacto económico que o derby lisboeta terá na economia portuguesa.
Entre gastos com restauração, viagens, receitas de bilheteira, publicidade,
segurança, merchandising e direitos televisivos, o desafio deve gerar receitas
na ordem dos 14,5 milhões de euros. O estudo – coordenado pelo docente Daniel Sá
– demonstra que a maior fatia deste valor advém dos consumos realizados no
conforto do sofá, durante os 90 minutos de jogo. Entre cervejas e snacks,
estima-se que os cerca de quatro milhões de telespectadores gastem 6,9 milhões
de euros. 
 
2,3 milhões de euros é o valor
que o IPAM estima que o desafio gere em receitas diretas, ou seja, 15 por cento
do valor global. Nesta categoria, são contabilizados os proveitos relacionadas
com a organização da partida de futebol, sendo as receitas de bilheteira (65 mil
espectadores equivalente a um milhão de euros), os direitos televisivos (800 mil
euros) e os gastos com a restauração no interior do estádio da Luz (300 mil
euros), pela referida ordem, os factores que mais devem contribuir para as
receitas directas. 
 
Um quarto do impacto económico
total (3,9 milhões de euros) que se espera que do jogo entre as “águias” e os
“leões” deverá advir do consumo na restauração. Para este valor, muito
contribuirá o facto do desafio não ser transmitido em canal aberto, levando
muitos adeptos até cafés e restaurantes. O estudo realizado pelo IPAM mostra
ainda que, além dos emblemas envolvidos e da Liga Portuguesa de Futebol
Profissional (LPFP), as receitas vão beneficiar empresas de catering,
transportes, hotelaria, cafés, restaurantes, segurança, limpeza, casas de
apostas, gasolineiras, concessionários de auto-estradas, marcas desportivas,
cervejeiras, hipermercados, entregas de comida ao domicílio e
tabaqueiras.
 
Menos 5,5 M€ do que o Benfica-Porto de
2009/10
Em Dezembro de 2009, o IPAM
realizou, pela primeira vez, um estudo de impacto económico associado a um
evento desportivo realizado no território nacional, nomeadamente do S.L.
Benfica-F.C.Porto. De acordo com a investigação, que obedeceu aos mesmos
critérios agora utilizados, o desafio entre águias e dragões teve um impacto de
20 milhões de euros na economia portuguesa. Apesar de não se tratar de um jogo
com um cariz tão decisivo para as contas do campeonato, na medida em que se
disputou na primeira volta, o clássico de 2009 teve um efeito económico superior
em 5,5 milhões de euros àquele que o derby de Lisboa do próximo domingo deverá
ter.
 
Daniel Sá, responsável pelo
estudo, explica a razão pela qual o impacto económico previsto fica aquém das
expectativas: “Teoricamente, e ao prender as atenções de benfiquistas,
sportinguistas, mas também dos adeptos portistas – porque são parte interessada
do desfecho do desafio –, era de esperar que o Benfica-Sporting do próximo
domingo superasse os 20 milhões de euros do Benfica-Porto de 2009/10”. E explica
a razão para tal facto: “O estudo agora levado a cabo tem em consideração a
realidade social e económica do país, nomeadamente o fator relacionado com o
poder de compra da população e é a isso que se deve a quebra das receitas
indiretas”.
 

O IPAM – The Marketing School
é um dos maiores institutos privados de ensino superior especializado na
formação de profissionais da área de Gestão e do Marketing. Desde 1984 a apostar
na formação académica de gestores de topo, o IPAM conta atualmente com três
estabelecimentos de ensino, sedeados em Lisboa, Aveiro e Porto. O IPAM faz parte
da rede Talent Universities que concentra a maioria da oferta de cursos de
Marketing e Design nas instituições privadas.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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