Quando erradamente disse, na CMTV – nas Medalhas da Semana da Hora Record, na passada sexta-feira –, que Rafael Nadal era o único tenista de elite que ganhava nos confrontos individuais com Novak Djokovic, estava, afinal, a fazer uma previsão. Com a vitória de ontem do sérvio sobre Roger Federer, que coloca o marcador em 22-22 nos duelos entre ambos, resta, agora sim, ao número 1 mundial, anular a vantagem (23-22) do maiorquino sobre si – ou adiantar-se mesmo na contagem, já que alguns especialistas dão a coisa por empatada: 23-23.
O meu lapso, mais imperdoável por ter sido cometido por um “federista” convicto, constituiu um péssimo início do infeliz fim-de-semana para as minhas bandeiras, já que à noite o Belenenses foi eliminado da Taça de Portugal pelo Portimonense, na sequência de mais uma fraca exibição, e no sábado chegou a vez de o Real Madrid ser goleado pelo Barça, após uma atuação vergonhosa. E para que a tristeza fosse completa, no domingo, como referi, Federer foi derrotado por Djokovic no Masters de Londres – apenas 20 horas depois de ter enfrentado Wawrinka na meia-final, um handicap para um atleta de 34 anos.
Ora se para mim, que já vou pouco atrás de emoções e que de facto tanto se me dá, o momento é pesado, calculo como se sentirá Rui Vitória, cuja vida depende de resultados, ao perder – em três meses e meio – o terceiro dérbi consecutivo com o Sporting, algo que não acontecia ao Benfica há 62 anos. É certo que ficou um penálti por marcar sobre Luisão, mas também é verdade que o discurso de Vitória continua errático e pouco motivador. E se não se entende a pobre segunda parte dos encarnados em Alvalade – a jogar em contenção para quê? – que dizer do “desvio” de Gaitán para uma zona onde não tem espaço? Parecem erros a mais.
Canto direto, Record, 23NOV15
Rui Vitória: a difícil vida do perdedor
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