Nuno Graciano herdou o “know
how” dos “apanhados” televisivos, ou seja, “bebeu” o néctar da melhor colheita
do grande pioneiro do conceito entre nós: Manolo Bello.
Além do que vier a conseguir
nas manhãs com Maya e noutros projetos da CM TV, Graciano já deixou a sua marca
no novo canal da Cofina, o 8 do Meo. A ideia do “general angolano” é brilhante
– passem as ridículas reservas de suposto perfil antirracista – e a
interpretação do ator são-tomense Ceciliano é notável.
O “apanhado” inicial, com
Paulo Futre, constituindo um divertido momento de televisão, não surpreende,
conhecendo-se os dons histriónicos, de verdadeiro comediante, do antigo génio
do futebol. Já o que é protagonizado por Filipa Castro proporciona uma imagem
inesperada, pelo menos para quem olhe apenas para o estereótipo da “ex” de
Beto: a de uma pessoa tranquila, determinada e segura.
Quando o “general” faz um
avanço, leva de imediato com a sonora “tampa” daquela mulher bonita, simpática
e loura, mas que de tonta nada tem. Não é uma opinião, é um documento, está
gravado.
Antena paranóica, publicado na edição impressa de 13 abril 2013