Alexandre Pais

Uma certeza para começar 2013: nunca seremos vencidos

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Não terá havido nas últimas décadas ano aguardado com tão baixas expectativas como este. Pior do que isso, entrámos em 2013 com a certeza de que ele nos trará não só as dificuldades anunciadas como outras com as quais não sonhamos sequer. Muitas e desagradáveis surpresas nos esperam, e melhor será que disso tenhamos absoluta consciência.

E se a nível coletivo temos pela frente tempos duros, no campo desportivo não são de esperar notícias mais animadoras, já que clubes e SAD’s lutam contra a quebra de receitas, o crédito bancário zerado e até o “desaparecimento” das verbas recebidas por conta dos próximos anos. Daí resulta a impossibilidade de honrar compromissos, pelo que a falência chegará este ano – acabaram-se as habilidades.

Nos clubes e respetivas sociedades passou-se o mesmo que no país: gastou-se mais do que havia, pediu-se emprestado o que se sabia não se poder pagar, teve-se mais olhos do que barriga ou, melhor dito, mais fantasia e ambição do que cabeça. E agora o corpo é que as paga.

Metidos que estamos num colete de forças do qual não escaparemos facilmente, resta-nos recorrer à inteligência, recusar o desmoronamento social, seguir uma estratégia de sobrevivência e de resistência à crise, não ficar à espera que alguém resolva por nós os problemas e agir.

Estamos perante um dos mais graves momentos da nossa História, mas não o pior. Antes, já muitos portugueses lutaram, sofreram e venceram. Não faremos como os símios, que sabem nadar e morrem afogados porque se agarram à cabeça. Não nos derrotarão ainda desta vez, nem da próxima, nunca seremos vencidos.

O novo ano exige que todos, trabalhadores e empresas, Governo e autarquias, instituições e clubes, comunicação social e agentes desportivos façam, com empenho e competência, o que lhes cabe: gerir os seus recursos com rigor, desenvolver o seu trabalho com profissionalismo.

Se nos esforçarmos mais, faremos melhor. O país salvar-se-á, os clubes serão viáveis, os portugueses voltarão a ser felizes. Está na nossa mão.

Minuto 0, publicado na edição impressa de Record de 1 janeiro 2013

Não terá havido nas últimas décadas ano aguardado com tão baixas expectativas como este. Pior do que isso, entrámos em 2013 com a certeza de que ele nos trará não só as dificuldades anunciadas como outras com as quais não sonhamos sequer. Muitas e desagradáveis surpresas nos esperam, e melhor será que disso tenhamos absoluta consciência.
Ese a nível coletivo temos pela frente tempos duros, no campo desportivo não são de esperar notícias mais animadoras, já que clubes e SAD’s lutam contra a quebra de receitas, o crédito bancário zerado e até o “desaparecimento” das verbas recebidas por conta dos próximos anos. Daí resulta a impossibilidade de honrar compromissos, pelo que a falência chegará este ano – acabaram-se as habilidades.
Nos clubes e respetivas sociedades passou-se o mesmo que no país: gastou-se mais do que havia, pediu-se emprestado o que se sabia não se poder pagar, teve-se mais olhos do que barriga ou, melhor dito, mais fantasia e ambição do que cabeça. E agora o corpo é que as paga.
Metidos que estamos num colete de forças do qual não escaparemos facilmente, resta-nos recorrer à inteligência, recusar o desmoronamento social, seguir uma estratégia de sobrevivência e de resistência à crise, não ficar à espera que alguém resolva por nós os problemas e agir.
Estamos perante um dos mais graves momentos da nossa História, mas não do pior. Antes, já muitos portugueses lutaram, sofreram e venceram. Não faremos como os símios, que sabem nadar e morrem afogados porque se agarram à cabeça. Não nos derrotarão ainda desta vez, nem da próxima, nunca seremos vencidos.
Onovo ano exige que todos, trabalhadores e empresas, Governo e autarquias, instituições e clubes, comunicação social e agentes desportivos façam, com empenho e competência, o que lhes compete: gerir os seus recursos com rigor, desenvolver o seu trabalho com profissionalismo.
Se nos esforçarmos mais, faremos melhor. O país salvar-se-á, os clubes serão viáveis, os portugueses voltarão a ser felizes. Está na nossa mão.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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