O empresário Braz da Silva começou por prometer mundos e fundos e conseguiu com isso – muito pelo estado a que chegou o Sporting, em boa verdade – lançar uma candidatura vencedora.
Personalidades com créditos firmados, como Rogério Alves ou Dias Ferreira, entravam na sua habitual, e também compreensível, teia de hesitações, o que permitia ao candidato acumular pontos. Afinal, sempre era um rosto diferente, uma esperança.
Mas o discurso não parecia novo, o poder de comunicação de Braz da Silva era deficiente e as agências, mesmo eficazes como as que lhe deram apoio, não conseguem ainda fazer milagres. E as redações dos jornais começaram a receber denúncias anónimas sobre eventuais desgraças na vida e nos negócios. Terá o candidato soçobrado à ameaça de poderem cair na praça pública episódios já arrumados?
Não creio. Um empresário bem sucedido acumula naturalmente inimigos e, por mim, “papéis” produzidos por mentirosos ou cobardes, escondidos no anonimato, seguem de imediato para a “cesta secção”. Outros diretores farão o mesmo.
Acho por isso assombroso que Braz da Silva, depois de tanto banho mediático, saia de cena pela esquerda baixa, acusando os jornalistas do fracasso da sua candidatura. A mania de acusar a comunicação social faz parte até da mentalidade dos potenciais dirigentes desportivos. Que lástima!
O Sporting precisa urgentemente de um novo timoneiro, mas igualmente de um líder que entenda o papel dos media e os utilize na justa medida do interesse do clube e não para se desculpar dos erros próprios ou do que apenas se passa na sua fraca cabeça.
Que um homem normal apareça – eis os meus votos.