Éinaceitável que, num Campeonato do Mundo, um golo – que é o objetivo, a essência do futebol – não seja validado porque o árbitro e o auxiliar não conseguem ver uma bola que entra meio metro dentro da baliza? É, completamente.
É inaceitável que um juiz de linha, colocado no enfiamento da jogada, não assinale um fora-de-jogo clamoroso, que termina com a validação de um golo irregular? É, totalmente.
Mas é também inevitável que mais ano menos ano as novas tecnologias cheguem ao futebol, um jogo conservador, cujas regras têm evoluído à velocidade do caracol.
A verdade é que, por agora, é o que temos, e os erros dos árbitros continuam a fazer parte da caixinha de temperos que fazem do futebol o que ele é: o maior mobilizador de emoções do Planeta.
E eu, confesso, gosto dele assim.
Passe global, publicado na edição impressa de Record de 28 junho 2010