Mesmo que não queira, uma pessoa chateia-se. Aconteceu-me na tarde de sábado, quando me encontrava em estágio de sofá para a final da Champions, com um olho nos “Hala Madrid!” do Twitter e com outro na Sporting TV – para o direto do último jogo do campeonato de juniores, em que os leões, já com o título conquistado, recebiam o Belenenses. Perto do final, o Sporting vencia mas atuava apenas com nove jogadores e os azuis procuravam o empate – que viriam a conseguir – que lhes garantia um excelente segundo lugar. Só que no período de compensação o árbitro André Pereira inventou um penálti e com isso o Belenenses acabou por triunfar. Gosto de ganhar mas gosto mais da verdade desportiva e o que vi foi uma vergonha que nada augura de bom à nova geração de árbitros.
À noite, com mais uma grande vitória do Real Madrid, esqueci-me de mágoas e vibrei – também por Cristiano Ronaldo, que alguns imbecis não há muito assobiavam no Bernabéu porque não marcava tantas vezes como queriam as criaturas. Ora, o certo é que numa época em que jogou menos, apontou 42 golos pelo Real Madrid e soma mais 10 pela Seleção, o que significa que pela sétima (!) temporada consecutiva ultrapassou os 50. Está, aliás, só a 5 dos 57 golos de Messi, podendo ainda alcançar o argentino nos desafios com Letónia, México, Rússia e Nova Zelândia – e quem sabe mais um ou dois – na Taça das Confederações. Depois de um 2016 de sonho, Cristiano, o ex-acabado, vive um segundo ano de ouro. E merece-o.
Canto direto, 6JUN17
O ex-acabado lá passou dos 50 golos outra vez
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