Alexandre Pais

ArquivoOutubro 2017

Desapareceu o pioneiro da glória olímpica

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O nome de Manuel de Oliveira, desaparecido há dias, na véspera de completar 77 anos, já dizia pouco aos mais jovens e aos mais desmemoriados. Mas ele foi um atleta de eleição, não o primeiro fundista ou meio-fundista a alcançar êxitos internacionais – como vi escrito algures – mas o primeiro a andar perto da glória olímpica, ao chegar em 4.º lugar na final dos 3.000 metros com obstáculos, nos...

A mais triste maneira de tratar Iker Casillas

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Já aqui destaquei a extraordinária transformação que se deu na equipa do FC Porto desde que Sérgio Conceição assumiu o comando. Referi, também, a forte personalidade do treinador e a sua indiscutível capacidade de liderança. Mas isso não me leva a ficar calado perante a humilhação a que Sérgio, e a SAD portista por detrás dele, submetem Iker Casillas. Não vale a pena perder mais tempo a falar...

O caminho que resta a António Costa para restaurar a confiança perdida

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Os últimos dias não deixam margem para dúvidas: por longos meses, iremos ter reportagens diárias sobre o atraso na recuperação das áreas ardidas, com deputados da oposição a aproveitarem o maná e os canais de TV a seguir-lhes as pegadas, pelo menos até surgirem as cheias ou outras desgraças. O engodo é irresistível, pois por muito que se trabalhe no terreno descobrir-se-á sempre alguém que ainda...

Não nos iludamos: as incompetências vão continuar a matar

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A troca de acusações entre sacos da mesma farinha tornou-se pornográfica: a tragédia dos incêndios, com o seu cortejo de morte e destruição, faz com que, havendo poucos inocentes, os culpados se apontem uns aos outros para esconderem as misérias próprias. Cientistas e comentadores, estes divididos entre os relativamente sabedores e os totalmente ignorantes, apontam, para a desgraça, causas...

Três casos exemplares da situação a que chegou a justiça em Portugal

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Não sou jurista, manifesto-me como simples observador. Dois marginais matam um homem com requintes de malvadez e são condenados a 17 anos de prisão. Que raio de atenuantes terá o juiz considerado para lhes subtrair oito anos à pena máxima? Por certo, motivos semelhantes aos que levaram outro juiz a suspender a pena a dois valentões que sovaram uma mulher. Nem entro pelo caminho da...

O fax de Macau e o meu amigo João Tito de Morais

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No dia em que foram conhecidas as acusações do Ministério Público a José Sócrates, recuei a 1990 para recordar o caso Emaudio ou do fax de Macau – durante anos o mais mediático acerto de contas da justiça com a classe política. Esse processo envolveu, entre outros, aquele que foi um dos meus melhores amigos de toda a vida: João Tito de Morais. Acusado de corrupção ativa, foi julgado e condenado...

Deu-se a Svilar o que se negou a Bruno Varela

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Os especialistas estão divididos. Os mais ligados ao futebol torcem o nariz à prematura aposta de Rui Vitória no guarda-redes Svilar, lançado aos 18 anos e 52 dias num jogo da Champions com um resultado desportivo desastroso – e a perda de 1 ponto que pode vir a fazer falta ao Benfica para aceder à Liga Europa. Ou seja, as consequências do falhanço do jovem talento estão ainda por apurar. Os que...

Dois jornalistas, dois exemplos

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Quando me iniciei no jornalismo, o repórter trazia a informação, sentava-se ao lado do redator e, do seu bloco de apontamentos, debitava os factos para a elaboração do texto. Como hoje, havia jornalistas que escreviam bem mas gostavam do rabinho sentado, e outros, menos aptos para o verbo, cujo faro pela notícia os tornava insubstituíveis – sem eles, não haveria jornais. A comunicação social...

Arquitetos ou amigos das primas?

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Passaram as eleições, já dá para protestar. Em baixo, uma foto, minha, mostra como nas recentes obras do Saldanha, em Lisboa, alguém optou por não subir o lancil, nem colocar pilaretes, no passeio central da Avenida Praia da Vitória, o que fez com que os carros dos selvagens destruíssem as plantas e o sistema de rega. Na segunda foto, de Olga Borges, vemos como na Praça Prof. Santos Andreia, em...

Um país que parece um hospício

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Ao cabo de meses de pesadelo, o secretário de Estado dos Incêndios baqueou. O seu conselho para sermos proativos e não ficarmos à espera dos bombeiros – nós que pensávamos que podíamos dormir a sesta e deixar arder a casa à vontade… – é definitivo: o homem ensandeceu. É natural porque o país se transformou num hospício. As armas roubadas de Tancos apareceram, de repente e certamente por acaso, no...

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