Passaram já uns dias sobre um caso curioso que quero ainda partilhar com o leitor. Numa tarde deste abril, aproveitei a ausência de Fátima Lopes para acompanhar “A tarde é sua”, na TVI, e apreciar o desempenho da competente Iva Domingues, que só não alcança o patamar da titular do programa pela sua incapacidade para tratar os convidados de forma maternalista, como se eles fossem atrasados mentais...
A careca repelente de um bandido
Não acredito na viabilidade do Brasil com a actual classe política, nem tenho simpatia ou antipatia por Dilma. Mas gostava que ela tivesse conseguido contrariar o início do processo de impeachment. Não antes, mas agora. Ou melhor, depois de ter visto a votação da Câmara dos Deputados, um dos actos ditos democráticos mais nojentos a que pude assistir, eu que me recordo do sequestro popular dos...
Vendas em banca em 2016: só o Record sobe
Vendas em banca em JAN/FEV2016 – dados da APCT e percentagem em relação ao mesmo período do ano anterior. Diários: Correio da Manhã 100 243 exemplares -3%, JN 43 615 -9%, Record 38 645 +1%, Público 13 758 -7%, O Jogo, 13 313, -11%, DN 9 512 -9%; semanários: Expresso 68 210 -6%, Sábado 24 975 -1%, Visão 19 787 -15%. A Bola, o i e O Sol deixaram de revelar os seus números, deduzindo-se...
O Zé Paulo Canelas partiu e alguma coisa ficou por dizer
Há 15 anos, quando passei a dirigir o diário 24horas, fiquei de propor à administração da Lusomundo o nome de um director para me substituir no semanário Tal&Qual. E lembrei-me do José Paulo Canelas, que conhecia bem e que tinha deixado o “desportivo” O Jogo há algum tempo. Nem tudo correu bem na nossa colaboração – eu fiquei como director editorial dos dois títulos e continuei...
A prepotenciazinha 42 anos depois
O 25 de abril de 1974, ao acabar com a PIDE, deu fortíssima machadada nos abusos de poder, tanto mais que impôs, em simultâneo, o regime democrático que defende as liberdades e dá garantias de igual tratamento aos cidadãos. Ao que os 42 anos de abril não conseguiram pôr fim foi à prepotenciazinha que dorme dentro de nós, mesmo contra a nossa vontade, nem à necessidade de afirmação sobre o outro...
Gente estúpida
Dizia Albert Einstein, que há apenas duas coisas infinitas, o Universo e a estupidez humana, e que só quanto à primeira não tinha ainda a certeza absoluta. Eu acrescentaria que a estupidez é como a morte, não podem ser vencidas, pelo que brincar com ambas é o que nos resta. Num “Preço Certo” desta semana vi o que julgava impossível: Fernando Mendes a sair do sério e a convidar um espectador, que...
Luis Suárez é o meu favorito para a Bota de Ouro
É um daqueles casos em que se podia apostar a vida: Lewandowski vai tanto ganhar a Bota de Ouro como eu vou hoje jantar a Pequim. Não que nas quatro jornadas que restam aos candidatos os golos que o alemão leva de atraso sejam irrecuperáveis para um jogador da sua craveira, mas apenas porque tem logo 4-rivais-4 por diante – dois a 3 golos e outros dois a 4 – e no mínimo um deles não deixará de...
Record: quando fazer diferente é fazer melhor
“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado” – Madre Teresa de Calcutá, 1910-1987 Não é pacífico pôr um ponto final num ciclo da nossa carreira que nos trouxe realização profissional e felicidade, a par de incontáveis dificuldades e provações. E temos a sensação – o que na verdade não passa de uma tola pretensão – que quem nos sucede, ao fazer...
O Hino, Benzema e Rui Vitória, o resistente
Na edição de sábado, o provedor dos sócios do Belenenses, “roubou-me” o tema para esta crónica: a ideia, totalmente absurda, da SAD dos azuis, de querer tocar o Hino Nacional antes dos jogos no Restelo. E o brilho do texto de Rodrigo Saraiva faz com que nada do que eu pudesse aqui escrever acrescentasse algo de útil às razões que expôs. Pensei refletir então sobre o afastamento de Benzema do...
O júri cabotino do “Got Talent Portugal”
Verificando que os programas mais vistos da RTP, além do futebol e do Telejornal, são concursos, Manuel Falcão questionava – em artigo recente na revista “Correio da Manhã TV” – o sentido de se “manter os contribuintes a suportar um operador que basicamente faz concorrência aos privados” sem criar uma grelha “complementar em relação às outras ofertas do mercado”. Além da incapacidade de definir...
