Alexandre Pais

TagObservador

O ódio absurdo de Cristiano Ronaldo

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Por ínvios caminhos, os lóbis, com o de Jorge Mendes à cabeça, os interesses comerciais e a FIFA elegeram justamente Cristiano Ronaldo melhor jogador do Mundo. Foi a segunda vez que o sucessor de Eusébio – mais no génio futebolístico do que, para já, no coração dos portugueses – conquistou a Bola de Ouro, depois de quatro triunfos consecutivos de Messi, que também não deixavam adivinhar outra...

Eusébio, o rei amargurado

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Era um homem magoado e não vale a pena, na hora do seu desaparecimento físico, dourar a parte pior. Recordo situações várias, ao longo particularmente dos últimos anos, em que simples tentativas para lhe obter uma declaração esbarravam em frases do tipo há dinheiro para tudo, só para o Eusébio é que não. E não fosse a arte do seu amigo João Malheiro para o amaciar e o trabalho dos jornalistas...

O milagre está na mesa

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O jornalista com quem trabalhei e que vi ser mais maltratado pelo diretor à frente de todos era, curiosamente, chefe de redação. “És uma anedota, Joaquim. Este jornal está uma m…, andas aos papéis e não mandas nada. Já te expliquei como é mas deves ser tão burro que não percebes”. Joaquim (nome fictício) baixava o olhar e abanava a cabeça em sinal de concordância. Um dia, perguntei-lhe como...

Chegámos a isto – 4

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1. Concordo com a justificação do presidente do Tribunal Constitucional para a recusa de aprovação dos cortes das pensões da Caixa Geral de Aposentações. Ouvi a defesa do “balanceamento” e a crítica à “desconformidade”, o que é bonito. Só não entendo porque não seguiu esse caminho o TC quando deu luz verde ao confisco de reformas do regime geral. Os doutos juízes irão aposentar-se pela CGA? Sim...

Selfies: a vaidade sem limites

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Por estes dias, no regresso de breve visita a um país do primeiro Mundo, esbarrei na Portela com uma lamentável receção aos turistas que nos procuram: um único funcionário do SEF verificava tranquilamente os passaportes, indiferente à impaciência das vítimas que bocejavam na fila. Instintivamente, peguei no telemóvel e registei o triste quadro. Apesar de lento no seu trabalho, o homem apercebeu...

Crónicas da Sábado: O que fez Cavaco

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Conheci Carlos Fino numa visita que fez a Lisboa, nos idos de 70. Conversámos por breves minutos nos estúdios da RDP, então na Rua Sampaio e Pina, nas já míticas instalações do velho Rádio Clube Português, de boa memória. Eram dias difíceis: para ele, que trabalhava em Moscovo no fio da navalha soviética, e para nós, envolvidos em disputas partidárias numa estação oficial cativa de interesses...

Cristina Ferreira, a princesa da Malveira

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Se a qualidade fosse sinónimo de quantidade, Mariza venderia mais discos do que Toni Carreira, ele que me desculpe a comparação, pois é bom, muito bom, naquilo que faz. Nos gloriosos tempos do Diário de Lisboa, em finais dos anos 60 e início da década de 70, aprendi a ver televisão com Mário Castrim, passei a desfrutar de melhor cinema através das opiniões de Lauro António, compreendi que havia...

Ainda estou a pensar se vou votar

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Entrei em meditação profunda, preciso de decidir se no próximo domingo irei votar, um dever a que jamais fugi em 40 anos de democracia. Confesso que estou farto de ser enganado e começo a não me lembrar até, tendo suportado a outra, dos benefícios da vida em liberdade e do privilégio que constitui o simples facto de poder intervir ao deitar o papelinho na urna. Não havendo melhor sistema do que o...

Em parágrafos – 3

E

1. Não sou fã de telenovelas, mas gosto muito de representação e dou sempre particular atenção ao trabalho dos atores. Não perco, por isso, estes primeiros episódios de Sol de inverno, com protagonistas que, à partida, garantem qualidade, como Rita Blanco, que é um caso sério de talento. Vi-a recentemente em A gaiola dourada – um bom filme mas não assim tão bom como alguns o pintaram – num...

Em parágrafos – 2

E

1. Escritor de raro talento, Miguel Esteves Cardoso publicou há quatro ou cinco anos um livro com um palavrão no título e provocou um escândalo já menor que o do álbum de Pedro Abrunhosa e dos Bandemónio que, no século passado, foi censurado por ter utilizado termo idêntico. Foram precursores dos tempos adiantados que atravessamos, em que dezenas de humoristas, alguns dignos de dó, utilizam tudo...

Alexandre Pais

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