Hoje podem ser de novo 10 pontos a separar o Sporting do líder, reforçando-se com isso a forte candidatura dos leões ao 3.º lugar, que dará ainda esta temporada acesso a uma pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Tanto mais que Sp. Braga e V. Guimarães se dedicam nesta fase mais à contemplação das planícies do que ao futebol. Dois pormaiores. Como quase sempre, o clássico do Dragão decidiu-se nos...
E Rui Vitória não foi comido de cebolada
Fui leitor e telespectador atento das dezenas de previsões que ao longo da semana se fizeram sobre o dérbi e antes do jogo tinha uma certeza: Rui Vitória estava tramado. Tudo indicava, acreditando nas teses dos cientistas, que lhe ia acontecer aquilo que mais teme na vida – ser comido de cebolada. Aliás, o treinador do Benfica vai ter ainda muito que sofrer até lhe reconhecerem os méritos sem més...
João Pereira e o seu outro eu
Tal como não se pode fugir ao destino, também da fama de ter maus fígados não nos livramos. Estou a pensar em João Pereira, esse desistente de carreira que o olho de falcão, perdão, o olho de lince de Jorge Jesus em hora feliz foi buscar à prateleira dos infernos. Duelo. O jogador começou por corresponder à confiança do técnico, teve a seguir um período em que perdeu o duelo com Schelotto, mas...
Rui Vitória: o quarto falhado faltou ao encontro
A vida corre favorável a invejosos, frustrados e ressabiados. José Mourinho está a 8 pontos do líder na Premier, Cristiano Ronaldo soma desafios sem marcar na liga espanhola, e Jorge Jesus, agora a 5 pontos do Benfica, ainda não deixou a rampa de lançamento do falhanço da temporada passada e arrisca-se a voltar a não chegar ao título. Afinal, esses deficientes de caráter têm sempre razão: apostam...
Derrota injusta do Sporting? Contra o destino, nada feito
Em dez jogos em casa para início da Liga dos Campeões, o Real Madrid obteve dez vitórias. E isso aconteceu tanto a jogar bem como a não dar uma para a caixa, como ontem – ou como sucede, vendo bem as coisas, desde a última época de José Mourinho, quando os barões do balneário merengue se dedicaram, com pleno êxito, mais à intriga do que ao futebol. A esse peso estatístico chama-se destino e...
O elixir de Alvalade ou a descoberta da pólvora
Reza a lenda que na China do século IX, ao procurar criar o elixir da imortalidade, um grupo de alquimistas descobriu a pólvora. Também o Sporting recorreu a um alquimista, Bruno de Carvalho, para inverter o rumo das desgraças que se sucediam em Alvalade e descobrir a pólvora. Podia é tê-lo tido mais cedo, logo nas eleições de 2011, quando Bruno tinha a batalha ganha até às 18 horas, para depois...
Les petits Français
Compatriotas de Nicolas Chauvin, soldado condecorado por Napoleão pelo seu heroísmo e depois mais conhecido pela sua imensa vaidade, “les petits Français” deram à Seleção o empurrão que faltava, puxando pelo brio dos nossos futebolistas e adormecendo, em simultâneo, o ego sobredimensionado dos seus próprios jogadores – alguns bons, poucos geniais, todos a valer vento e milhões. Nojento. Esse...
A jogar assim, da final não passamos
Começámos mal, ainda mais pessimistas do que estamos hoje, porque após o empate com a Islândia só ouvíamos, sobre o ombro, o porta-voz da nossa costela de velhos do Restelo: ná, a jogar assim, da fase de grupos não passamos… Lâmpada. Passámos, com mais dois empates e uma sorte dos diabos – e afortunadamente em terceiros do grupo – graças ao facto de Cristiano, vendo o País a arder e o...
Renato Sanchez e o fantasma de Fernando Santos
A fé de Fernando Santos é mesmo para levar a sério. Portugal voltou a jogar para empatar e acabou dominado pela superior qualidade da Croácia – com Vida a errar de cabeça por centímetros e com Kalinic (ou Perisic?) a atirar ao poste… Mas eis se não quando um quarteto de génios da bola resolve a passagem aos “quartos”, fugindo a uma maléfica recordação que nada prometia de venturoso: a da...
Sou o que vem das Salésias ou o Guardiola caseiro que não gosta de velhos
Tremo antes de começar a perorar, estou como a Seleção, com a confiança abalada. Um remate de fora da área, que passa pelo buraco da agulha e entra na baliza, e depois mais dois golos quase iguais – de um jogador que só tem um pé – e ambos na sequência de ressaltos, são azares em excesso. Já eu não me queixo de falta de sorte, mas apenas de um remoque do “Guardiola” dos comentadores intestinos...