Depois de 70 e tal minutos de impaciência no embate caseiro contra o Estoril, da deceção Arouca e de hora e meia de sofrimento, de novo na Luz, na partida com o Moreirense – tudo equipas que antes se dizia pertencerem a “outro campeonato” – ter-se-ão já convencido os benfiquistas que se lhes apresenta pela frente uma época sem descanso e em que não lhes faltarão motivos para angústia? Se não se...
Vidigal e Simão: criadores de desgostos
O estádio de Aveiro parecia o da Luz: o Benfica atuou em casa. Mas faltava um quarto de hora para o final da partida e já as bancadas, antes repletas, apresentavam grandes clareiras. Os benfiquistas andam desanimados, desiludidos com o mau início de temporada da sua equipa. Não é nada que não se esperasse. Quando parte um treinador carismático e ao mesmo tempo se altera de forma tão drástica um...
Rui Vitória não vai lá com este discurso
Homem calmo e “respeitador”, que cultiva o “low profile”, ao contrário de Jorge Jesus, ontem Rui Vitória parecia triste, com aquele ar de “looser” simpático mas atado à estrela do destino. Talvez afetado com o 1-4 de quinta-feira, no D. Afonso Henriques, em que a sua anterior equipa se afundou sem que ele pudesse fazer alguma coisa. E vontade de ir lá tentar metê-la nos carretos não lhe deve ter...
Entradas de leão dão confiança
A pré-época só conta como preparação para as equipas, sendo secundários os resultados. Quando for “a doer”, sim, contabilizam-se os sucessos e os insucessos. Certo? Enfim, não faltarão defensores dessa lógica, em especial os responsáveis por aquelas equipas que se apresentam, nesta fase, com um saldo modesto. A realidade é que, no próximo domingo, Benfica e Sporting irão disputar o primeiro...
Três chás no deserto
Depois dos piores dias da minha vida, qualquer notícia me parecia desinteressante, mesmo tendo pela frente, em Porto Santo, o melhor mar de Portugal. Mas obriguei-me a identificar figuras da área do desporto que me pudessem tocar e encontrei – foram três chás no meu deserto. O Europeu de Sub-21 terminou com mais uma boa participação da nossa seleção e a vitória moral a que estamos habituados. O...
O recomeço benfiquista
Os benfiquistas, pelo menos alguns, vivem tempos de angústia. Entre certezas e dúvidas, casos como as possíveis partidas de Maxi, Gaitán, Jonas ou Lima constituem, depois da saída de Jorge Jesus, um autêntico desespero. Nada de mais. Como se viu no FC Porto, equipas vencedoras têm de ser desmembradas: porque se completam ciclos, porque é preciso realizar mais-valias, porque não se podem “cortar...
Jorge Jesus, um homem poupado
A imagem de raiva de Lopetegui, a rebentar a murro (!) a cobertura do banco portista no Restelo – tão patética como a nova e irritada conversa de pé de orelha, desta vez com o quarto árbitro, que manteve no final do jogo – é bem o sinal da incapacidade de controlo do técnico. Mas é igualmente consequência da péssima forma com que a sua equipa termina a época, o que se confirmou ontem, no Restelo...
Do trauma superado pelo FC Porto ao exílio de Fabiano
Exilados. Interrompi uma tarde perfeita por causa do clássico. Via o superfechado Arsenal-Chelsea e ouvia o sempre excelente Luís Norton de Matos, enquanto mergulhava na leitura de “Os exilados não esquecem nada mas falam pouco”, um notável ensaio de Manuel Pedroso Marques, que o autor define como “uma reflexão esboçada sobre memórias vividas, lidas, testemunhadas”. Uma obra densa, profunda e...
Jorge Jesus: um deus brasileiro
Podíamos falar de Samaris e de Eliseu, como antes de Matic e Javi Garcia, ou apontar uma boa dezena de jogadores que ele valorizou e de que tanto beneficiaram já os cofres do Benfica. Não merece a pena, os méritos de Jorge Jesus são indesmentíveis, ainda que na hora em que as coisas não correm tão bem logo apareçam hienas e urubus a pôr em dúvida o treinador – e igualmente Deus e o divino...
Os irracionais
Gostava hoje de compartilhar convosco o desenvolvimento de uma teoria que já aqui trouxe: Cristiano Ronaldo não acabará no Real Madrid a sua carreira de futebolista. E de acrescentar umas linhas sobre a pobreza da versão 2015 do jogo dos merengues, em que ninguém luta pela recuperação da bola e ninguém cria linhas de passe na hora de atacar. Mas oportunidades não faltarão, o adeus de CR7 ao...