Record está hoje nas bancas com a sua edição n.º 12.000. Trabalhamos muito, vivemos sob pressão, nós, os portugueses, o País. A vida está difícil.
A imprensa “desportiva” só há poucos anos, e talvez tarde de mais, se apercebeu que havia novos leitores e novos interesses, que o Mundo girava todos os dias – e não unicamente em torno de uma bola. Mas continuamos mais focados no desporto do naquilo que o rodeia.
Ainda no último fim de semana fui surpreendido com a notícia da condenação do presidente da Naval, Aprígio Santos, a dois anos de prisão, com pena suspensa, por não ter respeitado ordens dos tribunais para embargo de obras, no Algarve. E mais surpresa tive ao ler que, na sentença, o juiz diz que o dirigente da Figueira da Foz revelou “uma energia criminosa tenaz”, perseguindo “o lucro à custa do património de toda a comunidade”.
Moral da história: já estou arrependido de ter sabido o que não me fazia falta. Ai, ai, venham de lá outros 12 mil, mas é.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 21 fevereiro 2012