Raúl há muito que passou à história, Soldado ficou em casa, Llorente não sai do banco, “El Niño” vai jogando aos bocados – e assim Del Bosque toma de Guardiola o estilo e fica confortável com o tiki-taka, mais a sua infernal posse de bola e as dezenas ou centenas de passes em todas as direções. Até que Cesc ou Pedro, ou Xavi, ou Xabi, ou outro Alonso qualquer consiga o golo, uma simples pausa no adormecimento do adversário.
Portugal pode agora decidi-se entre cair na armadilha do pântano espanhol ou utilizar o seu poder atacante para não deixar as águas paradas. Como disse Casillas, as estatísticas existem para serem alteradas, pelo que temos pela frente uma ameaça e, ao mesmo tempo, uma oportunidade. É agarrá-la.
Euro passe, publicado na edição impressa de Record de 24 junho 2012