Alexandre Pais

Surpresa, utilidade e afecto em “Querido Mudei a Casa”

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 “Querido mudei a casa”, da SIC Mulher, presta um serviço público. Após uma hora de programa, há sempre uma família feliz ou um sorriso nos rostos dos beneficiários da instituição que viu melhorado um jardim ou um refeitório. Ao longo de 15 séries de renovações espantosas, o grupo liderado por Sofia Carvalho conseguiu o milagre de misturar surpresa, utilidade e afecto.

Na última temporada, a introdução de novos decoradores trouxe alguma descaracterização, não por défice de qualidade dos que chegaram mas pelo afastamento dos “veteranos” que fizeram muito do êxito do “Querido”: a falta de Luís Pedro Abreu, por exemplo, nota-se demasiado. Já o reforço anterior do apresentador Gustavo Santos foi um achado.

Aguardo com expectativa a 16.ª série, esperando que se controle um certo exagero nas “variedades”, embora o protagonismo de João Benedito e Carlos Vicente se justifique pelo seu talento – técnico e de representação. E se a produção é o que sabemos, para a realização de Samuel Fortuna, também o homem da câmara, só existe uma palavra: excelente.

Antena paranóica, crónica publicada na edição impressa do “Correio da Manhã” de 27 agosto 2011

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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