Gosto muito de ler quando utilizam a expressão «velhos do Restelo» (o «já não estamos na Idade Média» é também delicioso) para designar as pessoas que, bem ou mal, são conservadoras em certos aspectos.
Bem ou mal porque o conservadorismo não é, per si, um valor moral, apesar da conotação negativa que lhe colam e que, obviamente, se estende ao epíteto em causa.
Claro que o que o Velho do Restelo (o original) faz é criticar aventureirismos e defender uma aposta nas potencialidades endógenas e uma resposta às necessidades internas. Não é bem o mesmo que o conservadorismo, mas quem é que lê Camões, com ou sem acordo? Siga o barco.