Ainda não terminou a sua patriótica missão na ‘task force’ e Gouveia e Melo já recebeu de quem representa o país aquilo que a esmagadora maioria dos portugueses lhe adiantou: admiração e gratidão por um notável trabalho de lucidez, bom senso, competência e inexcedível dedicação.
Desgraçadamente, a miserável ação de que foi alvo por parte de uma dúzia de supostos negacionistas, que o empurraram e lhe chamaram ‘assassino’, teve por resposta o silêncio dos responsáveis da paróquia, salvo a declaração anódina e enrolada do secretário da Saúde, Lacerda Sales.
Pior só a passividade da PSP, que se limitou a isolar o vice-almirante dos grunhos, como se as injúrias não fossem crime – e não, não são crime particular, a necessitar de queixa, sempre que o alvo sejam autoridades civis ou militares no exercício das suas funções, se bem interpreto os artigos 181.º e 184.º do Código Penal, não sendo jurista.
Em vez de, no mínimo, identificarem dois ou três dos anormais para servirem de exemplo – e para o devido procedimento judicial – os agentes de uma corporação que tantas vezes aqui já elogiei assobiaram para o ar, permitindo que as imagens da baderna constituam um incentivo à sua repetição. Estado de bananas.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 21ago21
