Alexandre Pais

Penálti decisivo na Choupana

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A última imagem que nos fica do excelente jogo que o Sporting fez na Choupana é a do admirável golo de João Pereira, que “foi buscar” aos seus tempos de extremo no Benfica – quando me parecia estar a despontar uma estrela e o escrevi – a rapidez, o poder de finta e a capacidade de iniciativa que o poderiam ter levado a outros voos. Quem discorda da escolha de Paulo Bento para lateral direito da Seleção tem agora um lenço onde bem se pode assoar.

Esse feito de João Pereira pede meças ao grande remate que abriu o marcador, o de Rinaudo – um jogador que é louça de outra coleção. Sem o golo fantástico do argentino, o Sporting poderia não estar na final da Taça de Portugal, como não estaria se tivesse jogado sem organização, paciência, velocidade e atitude.

Mas talvez não estivesse também no Jamor se Pedro Proença não se deixasse enganar pela queda teatral de Insúa e não marcasse o penálti, precisamente numa altura em que, com o jogo empatado, os leões passavam pela sua pior fase. É assim o futebol. 

Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 10 fevereiro 2012

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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