Correu bem a Passos Coelho a entrevista na TVI, sob o tema “Tenho uma pergunta para si”, uma rendição do perguntador profissional aos curiosos das redes sociais que, reconheça-se, têm uma imaginação coletiva que bate qualquer jornalista, mesmo que ele seja José Alberto Carvalho.
Na primeira parte do inquérito, o primeiro-ministro safou-se facilmente de questões quase infantis. Desde a colocada pela aposentada que acha que só os pensionistas é que pagaram a crise, aos “secantes” considerandos do empregado de call-center, que ao apontar a Passos “o seu amigo Dias Loureiro” revelou ao que vinha, ou seja, que só queria falar e não queria ouvir.
Mais difícil foi o período das perguntas que Pedro Pinto retirou da internet, que abordaram o IVA, o corte de 800 milhões, a credibilidade das promessas, a extinção de institutos ou a confiança em Paulo Portas. Mas nem aí Passos Coelho tremeu. Mestre em autopromoção, deixou uma certeza: devolvê-lo a Massamá vai dar uma trabalheira dos diabos.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 25JUL15
Passos Coelho vai dar trabalho a remover
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