Alexandre Pais

Passaram 14 anos: é tempo de partir

P
Com esta crónica, chegam ao fim 14 anos de escrita semanal na Sábado, sendo quatro de edição de Parece que foi ontem, 200 evocações de pequenos episódios, boa parte deles – como é o caso do último, aqui ao lado (ao lado na revista, no site será no post seguinte) – tendo-me como discreto protagonista.
Mantive reserva sobre os derradeiros 15 anos, pus de lado histórias antigas de menor dignidade, evitei recordações tristes e tentei não ser injusto. Optei por citar pessoas pela positiva e por não me entregar a acertos de contas. O que fiz de errado não pode, infelizmente, ser corrigido, e sei que fui muito condicionado pelo tempo e pelas circunstâncias. Daí que não alimente ódios, nem tenha pedras no sapato.
Mas esta despedida não será a definitiva na comunicação social, pois seguirei ligado à Cofina e aos habituais textos de opinião no Correio da Manhã (Antena paranoica, no jornal de sábado, e Excitações, na revista Domingo) e no Record (Outra vez segunda-feira). Só por mais um tempo, pois pedi a compreensão do Octávio Ribeiro para que possa reformar-me de vez – dando lugar a cabecinhas mais frescas e mais brilhantes – na posse das minhas capacidades e não quando começar a escrever pataratices. E de volta e meia já dou com algumas…
A frase é de autor anónimo, mas própria para final de ciclo: não digo adeus, agradeço-vos apenas por terem feito parte da minha vida. E continuem a ler a Sábado, que surgirá, para a semana, renovada e mais forte! Foi um prazer, leitor.
Observador (texto final), Sábado, 10MAI18
Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

Arquivo

Twitter

Etiquetas