“Um homem de força e inteligência extraordinárias pode não ser mais do que um zero se não souber falar” – William Channing, pregador norte-americano, 1780-1842
Aproveito esta edição do 12.º aniversário da SÁBADO – e também meu a escrever aqui, ai, ai… – para recordar os 60 anos do Record, cumpridos em 2009, e o almoço então promovido pela Cofina. Dois mitos, Artur Agostinho, ex-director do jornal, e o magriço e bicampeão europeu de clubes, José Augusto – que recebeu na ocasião o Record de Ouro – foram os convidados de honra no Hotel Ritz, em Lisboa.
Houve quatro oradores: o accionista, hábil na palavra, o escriba, pouco à vontade no improviso, Artur Agostinho, um peixe na água, e… José Augusto. E quando aquele que foi um dia considerado o melhor extremo-direito da Europa começou a falar, confesso que tremi: meu Deus, o que iria sair dali?
Pois foi a surpresa do dia: a lenda do futebol português dominava o verbo, aos 72 anos, com a facilidade com que fazia o que queria da bola, aos 27. E em 15 inesquecíveis minutos contou histórias e revelou um também inesperado sentido de humor. Duplamente histórico: és único, Zé.
Parece que foi ontem, Sábado, 5MAI16
O dia em que José Augusto foi presente de aniversário
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