Após a exoneração dos cinco comandantes, bodes expiatórios da ausência de meios e de efetivos, os militares agitavam-se, iam manifestar-se em Belém e ameaçavam mesmo com a entrega das espadas.
Era o momento adequado para a coincidência de acionar a segunda parte da investigação à corrupção nas messes da Força Aérea, que marinava desde novembro, e de meter na cadeia um general, mais seis oficiais e cinco sargentos. E com o escândalo espalhado pelas televisões logo se deu outra coincidência, a desconvocação da manif marcada para Belém…
Moral da história: com o desinvestimento nas Forças Armadas, os militares ficaram a ver desfilar as tropas que restam e foram ultrapassados pelo profissionalismo dos agentes de uma política refinada, que não brincam em serviço. Gozem com a geringonça, gozem!
Militares detidos e duas coincidências
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