Na pesquisa regular de casos e protagonistas que possa transportar do passado até esta página, dou com declarações – umas datadas outras ainda actuais – que o decurso dos anos decidiu serem certeiras ou desfasadas, sérias ou fúteis, merecidas ou injustas, mas surpreendentes tanto tempo depois. Estas são do Verão de 1995…
“O regime constitucional de 1976 entrou em agonia, é preciso outro” – Alberto João Jardim, O Diabo
“Devíamos ir todos presos” – António Oliveira, após o Portugal-Letónia (3-2), Record
“Espero que o dr. Santana Lopes, que meteu a dra. Zita Seabra neste lugar, a leve com ele para o Sporting, a bem do cinema português e do Benfica” – João Botelho, sobre a presidente do Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual, Diário de Notícias
“A única coisa que o Sousa Cintra deixa de positivo é ir-se embora” – João Braga, sobre o presidente do Sporting, Dona
“Em 1998, vamos demorar 15 minutos do Fogueteiro ao Campo Pequeno” – Joaquim Ferreira do Amaral, sobre a CRIL, que veio a ser concluída em 2011, A Capital
“A política é um assunto demasiado sério para ser deixado aos economistas” – António-Pedro de Vasconcelos, Visão
“Tinha lá um moço na estrebaria que era exatamente igual ao gajo” – Meneses Alves, sobre Eduardo Catroga, Tal&Qual
“É preciso que se saiba, de uma vez por todas, se foi acidente ou se foi atentado” – Ramalho Eanes, sobre a queda do avião que vitimou Sá Carneiro, TVI
“E se houve acidente, que se procurem os culpados” – Azevedo Soares, secretário-geral do PSD, RTP
“Estamos fartos, general” – Nicolau Santos, sobre Ramalho Eanes, Diário Económico
“É monárquico? Então, não é cidadão” – Raul Rego, Expresso
“Os justiceiros mascarados e de varapaus minam a essência do estado de direito” – Henrique Monteiro, O Independente
“Em quase todos os mandantes há um candidato a tirano” – Baptista Bastos, Público
“Sinto-me a Sharon Stone” – Ágata, A Capital
“A minha senhora não fuma” – Macário Correia, RTP
“O percurso dos políticos é feito sobre os cadáveres uns dos outros” – Carlos Narciso, TV 7Dias
“Agora sou conhecido como o ‘17 centímetros’” – Nuno Graciano, Dona
“Manuela Moura Guedes converteu-se ao lema Deus, Pátria, Família e Trabalho” – Marcelo Rebelo de Sousa, TSF
“Tenho muita pena de não ter um cargo de chefia a nível institucional, político” – Júlia Pinheiro, Maria
“Sou jornalista, tenho uma visão franciscana da profissão” – Judite de Sousa, TV Guia
“Se o jogo chegar ao fim com 11 jogadores de cada lado, como o meu chapéu” – José Carlos Soares, TVI
“A minha vida dava 20 filmes” – Isabel Wolmar, TV Guia
“Estão a destruir a Catarina Furtado” – Manolo Belo, TV 7Dias
“A televisão fabrica psicopatas, libertinos e consumistas” – Carlos Quevedo, Visão
“Dias Loureiro foi morto no domingo ante as câmaras da SIC” – Fernando Dacosta, Público
“A mulher ainda é uma coisa” – David Borges, Record
“A Igreja e os comunistas têm a mesma obsessão: os pobres” – Mário Castrim, Jornal de Letras
“É muito melhor estar a ganhar por 2-0 do que por 1-0” – António Fidalgo, RTP
“A droga também é fascista” – Victor Cunha Rego, Diário de Notícias
“É através do voto que podemos mudar de moscas” – Manuel Luís Goucha, Dona
“Eu não tenho suspeitas, tenho certezas de que tenho o meu telefone sobre escuta” – Garcia Pereira, Antena1
“Em Portugal, o SIS é um terror para o Estado e uma risota para o povo” – Manuel Serrão, A Capital
“O dr. Cavaco é um chato em estado gasoso” – Baptista Bastos, Público
“Tinha prometido não se portar como um energúmeno e está a portar-se como um energúmeno” – Vasco Pulido Valente, para José Magalhães, SIC
“Na Europa o que conta é a voz das grandes regiões, dos grandes lobbies” – José Gama, autarca e ex-deputado europeu, Público
“Enfim, é fazer a conta” – António Guterres, SIC
“Somos portugueses, mas não somos anjinhos” – Manuel Monteiro, RTP
“Penso que os portugueses não são estúpidos” – Alberto João Jardim, O Diabo
“Somos um país de atrasados mentais” – Vítor Direito, Correio da Manhã
Parece que foi ontem, Sábado, 15SET16
Frases com 20 anos e quase de hoje
F