“Não fomos nada inferiores ao Benfica” – esta frase proferida, no final do jogo, pelo técnico-adjunto do Sporting é surreal. E confrangedora porque sentimos, vimos e ouvimos que é dita com a convicção de quem acredita que assim foi.
Este exercício delirante tem a marca do treinador principal, que nos tem brindado com frases similares em todas as derrotas do Sporting. Ontem, saiu-nos uma cópia a cores, coisa aprimorada.
O treinador do Sporting, simplesmente, não existe. Para se ser líder, não basta ser sério, trabalhador e boa pessoa. Sem carisma e competência não há líder, muito menos um líder vencedor. As lideranças no Sporting há muito que bateram no fundo e o clube arrasta-se penosamente, enchendo de vergonha os sportinguistas.
Na posição nuclear dos mais que muitos desastres desportivos está o treinador. As suas justificações nas derrotas têm sido, no mínimo, irreais e, algumas vezes, hilariantes. Quanto ao seu pedido de demissão, afirma que nunca. Um direito que lhe assiste. Alguém vai ter de o fazer por ele.
Bilhar grande, da autoria de Alberto do Rosário, publicado na edição impressa de Record de 23 fevereiro 2011