Acompanhei esta semana as entrevistas a duas personalidades únicas: Otelo Saraiva de Carvalho, em repetição, na RTP Informação, e Joaquim Letria, em direto, na SIC.
Resisti a ver a estreia, em abril, da conversa de Vítor Gonçalves com o estratega da Revolução porque de Otelo guardo unicamente o que lhe devo e tento evitar a recordação de todas as muitas asneiras que cometeu. E ouvi-lo a repisá-las, como troféus, é um tormento. Mas foi o que me aconteceu agora, torturado ainda pelo tradicional chorrilho de “pás”, por episódios com barbas e pela “explicação” da história das suas duas mulheres, uma coisa surreal. Deus tenha piedade.
Pude recuperar o fôlego com o trabalho de Fátima Lopes, que fazia talvez uma pálida ideia de que tinha na frente um “monstro” do jornalismo e da comunicação, um profissional ímpar. Que bom foi rever o Joaquim num exercício descontraído de lucidez, conhecimento e humor! A história da nossa imprensa e a da televisão não seriam o que são se por elas não passasse a probidade, a coragem e o talento de Letria. Chapeau!
Antena paranoica, CM, 2AGO14
Otelo e Letria: duas entrevistas muito diferentes
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