Não foi brilhante o início da presente edição do ‘Big Brother’, da TVI. Concorrentes desinteressantes e um conceito sem nada de novo faziam com que os ‘diários’ ficassem fora do ‘top 10’ – em que figurava o inevitável ‘O preço certo’, da RTP, e até o ‘Quem quer casar com o agricultor’, a pepineira da SIC. Safavam-se as noites dominicais, ainda que por vezes dominadas pelo humor de Ricardo Araújo Pereira, mas depois era a desgraça.
Com o tempo, tudo mudou. O ‘BB’ afastou o ‘Agricultor’ do ante ‘prime time’ e nas ‘galas’ já nem o ‘Isto é gozar com quem trabalha’ consegue o primeiro lugar dos ‘mais vistos’ do dia. E essa proeza tem assinatura: a de Cristina Ferreira.
A boataria paroquial adianta que ela não apresentará a ‘Casa dos segredos’ que há de vir. Seria um erro fatal. Por muita mania das grandezas que alimente, é ali que está o seu público, o mesmo que a fez fracassar com programas pretensiosos de nome associado, num país onde ninguém – para além de Cristiano Ronaldo – é suficientemente importante para construir uma marca. É pena que o ego de Cristina não tenha em conta o princípio de Peter: ‘Num sistema hierárquico, o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência’.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 5nov22