Após um primeiro título no campeonato do Mundo de corta-mato de 1976 e as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Montreal, desse ano e do Mundial de corta-mato, em 1977, Carlos Lopes mergulhou na penumbra de resultados e por cinco anos sentiu-se o peso dos problemas físicos no seu rendimento. E quando, em 1984, seguiu para Los Angeles para correr a maratona nos Jogos, a fasquia das expetativas não era alta – apesar de novo título no Mundial de corta-mato desse ano e da grande prova de 10 mil metros com que ajudou Fernando Mamede a bater, em Estocolmo, o recorde do Mundo. Afinal, ele tinha 37 anos.
A verdade é que Carlos Lopes atingiu mesmo a glória olímpica, com um recorde que resistiria até aos JO de 2008, conquistando a nossa primeira medalha de ouro e abrindo o caminho aos futuros medalhados. Foi Lopes, que chega neste dia 18 aos 70 anos, que construiu a sua própria lenda e provou que sim, é possível ser português e campeão olímpico.
Parece que foi ontem, Sábado, 16FEV17
Os 70 anos de um atleta lendário
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