Em outubro, o Sérvia-Portugal, transmitido a um domingo pela RTP1, teve uma audiência média de 1,3 milhões de telespetadores, um pouco abaixo do que se verificaria se o confronto fosse decisivo. E partindo desse registo, seria lógico esperar que o direto do Portimonense-Sporting, de terça-feira passada, na TVI, um desafio da insossa Taça da Liga, se ficasse pelo milhão de pessoas à frente do televisor.
Raciocínio errado. A audiência do jogo rondou o milhão e meio, e perdeu apenas para a do “flash interview” da própria partida, que liderou o dia com mais de 1,6 milhões de espetadores, ambos, portanto, acima das telenovelas da TVI e da SIC.
Há pelo menos duas explicações para a surpresa. Uma resulta do empate de há uma semana, em Alvalade, do líder Sporting com o último classificado, o Tondela, que veio reacender a discussão sobre a efetiva valia da equipa de Jorge Jesus – com os “inimigos” do leão agora ainda mais “animados” pela derrota no Algarve aos pés de um adversário da liga secundária.
Mas a explicação principal, goste-se ou não do homem e do seu estilo arranca-pinheiros, reside no facto de Bruno de Carvalho ter voltado a colocar o Sporting na linha da frente. E é lá que as coisas acontecem.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 22JAN16
Bruno de Carvalho, o arranca-pinheiros
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