Para combater as audiências
do “Big Brother”, a SIC lançou “Splash! Celebridades”. E não ficou longe, já
que registou, na estreia, 1,4 milhões de espectadores “contra” 1,6 milhões do
“reality show” da TVI, diferença que se manteve no último domingo.
Surpreende-me o êxito de um
programa que tem qualidades e é premiado por isso, quando nos habituámos,
antes, a ver reconhecida a estupidez e aplaudidos os deméritos. É que na
piscina do Jamor não se promove a boçalidade, ainda que Júlia Pinheiro tente,
por vezes, imitar Teresa Guilherme na brejeirice tão do agrado de certo
público.
Em “Splash!” – que dispensava
o ridículo apêndice das “Celebridades”, já que celebridades são outra coisa –
vencem-se medos e fobias, recupera-se a atividade física que alguns corpos
revelam ter sido abandonada, e dá-se aos telespectadores um exemplo de boas
práticas.
Ou seja, sendo ambos serões
de divertimento, enquanto o “Big Brother” estimula a ociosidade e a incultura,
o “Splash!” mostra-nos um lado bom da vida, com exercício, superação e coragem.
Precisamos disso.
Antena paranóica, publicado na edição impressa do CM de 8 junho 2013