Tenho, em relação aos árbitros, uma atitude serena. Como jornalista, analiso as suas atuações sem dramas, sei que os seus erros sempre fizeram, e sempre farão, parte do jogo. E vou aprendendo. Ainda agora, no Dragão, fiquei a saber que um jogador que cai e se apoia num braço devia antes cortá-lo. Fantástico. E como adepto também não estou para chatices – é o que tiver de ser.
Veja-se o que se passou ao minuto 71 do Aves-Belenenses de sábado. Após um lance de bola dividida, o azul Paulo Roberto ficou sentado no chão. O avense Vasco Matos puxou-o então pela camisola, reclamando de algo. Fredy acorreu em apoio ao colega ainda por terra e protegeu-o, limitando-se a abrir os braços, após o que foi empurrado por outros jogadores e afastado do “cenário do crime”.
O que fez então o árbitro João Ferreira? O habitual, infelizmente. Mostrou o cartão amarelo… aos três intervenientes! Porquê? Por nada, quero crer. Só porque é assim, poucochinho.
O Aves ganhou com justiça, os de Belém foram “ingénuos”, o penálti, certo ou errado, foi o que foi, o resultado não está em causa. Ao contrário da muita paciência que é preciso arranjar para aturar, ano após ano, estas habilidades.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 9 outubro 2012