Alexandre Pais

António Simões: deu 7 o meu 11 inesquecível

A

 
Este foi, com os “5 violinos”,
o mais fantástico quinteto avançado
do nosso futebol: José Augusto, Eusébio,
Torres, Coluna e… Simões

Fiquei contente pelo triunfo, de 7-2, dos nossos Sub-23 sobre os esforçados e limitados galeses. Mesmo que o adversário seja fraco, como era o caso de Gales – mas igualmente o da China e foi o que se viu – é sempre bom registar uma vitória com resultado tão dilatado.

Mas a minha satisfação prende-se ainda com o facto de ser António Simões o responsável por essa seleção nacional. Sou suspeito porque fui fã do Magriço – é mesmo o meu n.º 11 inesquecível – e porque continuo admirador do excelente comentador que é hoje essa lenda do Benfica e do futebol português.

Já nos seus tempos de futebolista, Simões, como José Augusto, por exemplo, escapava da mediania, desempenhando também um papel cívico relevante – foi deputado, participou, não se calou.

Hoje, António Simões distingue-se pela profundidade dos seus conhecimentos sobre o fenómeno do futebol e pela sua capacidade de comunicação, escapando dessa forma à crueldade nacional de condenar ao esquecimento os que serviram a sociedade e o país.

É muito bom ver assim, no ativo, alguém que recusa a reforma a destempo e que soma qualidade a tudo aquilo em que participa. Chapeau!

Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 4 Março 2010

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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