Manifestações preparadas
pelos sindicatos, com adesão limitada aos indefectíveis, esperam os membros do
Governo nas deslocações pelo país. Nada de mais, cada um luta com os meios de
que dispõe e bem andaremos enquanto tudo se resumir a berros e palavrões.
Mas esses actos de protesto
só têm algum peso porque os canais de TV vão atrás do assunto. E nada como uma
câmara para subir o tom dos insultos e puxar pela histeria e pelo azedume que se
escondem dentro de nós.
Foi o que aconteceu há oito
dias, na Covilhã, com a viatura que conduzia Álvaro Santos Pereira a sofrer
umas amassadelas. Só que o ministro também conhece o poder da televisão e
caminhou em direcção à “manif”, fazendo vacilar o “indignado” homem da bandeira.
E marcando, desse modo, pontos surpreendentes, voltando mesmo o feitiço contra o
feiticeiro. Moral da história: o Álvaro é teso!
Nota – A semana passada,
referi que os marcadores dos penáltis de desempate dos jogos a eliminar fazem
parte de uma lista entregue ao árbitro. Já assim foi, mas já assim não é, pelo
que a ignorância era minha. A vida é dura.
Antena paranóica, publicado na edição impressa do CM de 7 julho 2012