A liderança de audiências da TVI na noite das “europeias” foi esmagadora. Desde logo, pelos 1,347 milhões de espetadores – por curiosidade, tantos quantos os eleitores que não votaram PS, PSD e CDS… – que quase duplicaram os que preferiram SIC e RTP1: 763 mil e 611 mil, respetivamente, entre as 20 e as 22 horas.
É certo que a estação de Queluz conta com o trunfo Marcelo Rebelo de Sousa, que se tornou, no comentário político, numa marca tão forte como a Água das Pedras ou a carreira 28 do elétrico para a Baixa lisboeta. E teve ainda, já agora, Constança Cunha e Sá, sempre objetiva. Só que nas outras barricadas as duplas eram também de peso – Vitorino e Marques Mendes, em Carnaxide, Sócrates e Morais Sarmento, em Chelas.
Mas o maior espanto em tão ampla vitória da TVI residiu no facto de ter sido a única que não recorreu, às 20 horas, às projeções que apontam vencedor e vencidos, surpresas e deceções. Embora, nos “diretos” em que de imediato se lançou, os seus repórteres utilizassem as previsões da concorrência. Que país “sui generis”, este.
Antena paranoica, CM, 31MAI14